FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
ONGUEVA
Ongueva é Saudade
Ongueva em Umbundo tem o mesmo significado de Muxima em Kimbundo e, embora não tenham o mesmo sentido da palavra Saudade em português, significam a nostalgia no apego às coisas da terra, seu feitiço que faz reviver lentamente um turbilhão de emoções indomáveis resgatando sentimentos e tropeço de corações: Isto sucede inevitavelmente a quem ousa não renunciar a ser Angolano. No dia 22 de Outubro de 2011, a ANANG, Associação Nacional de Angolanos, comemorou o seu segundo aniversário nas terras Ultramarinas do Puto e, foi no lugar de Portimão e com a presença do primeiro Cônsul do Algarve Senhor Sá Miranda no lugar de Arena que se deu o evento com aproximadamente 400 convivas. Valério Guerra anfitrião do encontro apresentou as personalidades e presenteou a todos um seu poema "Ongueva - Saudade em Umbundo" e que aqui vai ser publicado, talvez em primeiríssima mão.
Jorge Kalukembe
Esta comemoração do aniversário da ANANG teve início com o lançamento do livro "Angola e o Mundo na era pós-petróleo” de Jorge Kalukembe, que teve intervenção após breve citaçao de João Sintra na qualidade de presidente da Associação. O Kimbo de Lagoa fez-se representar nas pessoas do Soba T´Chingange, do Visconde do Mussulo, do Conde do Grafanil e do Kimbanda Ninja HN guardião da Torre do Zombo. Esta gente nobre, acompanhados de gente-rica e familiares fizeram a cordial saudação "Bé-beu” elevando suas taças de bolunga do Puto, acima, abaixo e aos lados na forma de cruz a perpetuar vida e desejar ao Soba uma boa jornada diplomática por terras de África.
Valério Guerra - Soba-poeta de Portimão
Valério Guerra, anfitrião do evento, dignificando também sua postura de Soba poeta de Portimão, em sua simplicidade, recorda-nos que estar vivos, exige-nos um esforço muito maior do que o simples acto de respirar. A recordar o forte abraço de Ongueva, segue-se a poesia:
Ongueva soa a água
a água cristalina
com sabor a casa e a distâncias
a azul orgulho e a terra virgem
correndo… fresquinha
por entre as pedras da vida
em magia da memória.
Ao dizê-la e dizê-la alto
ongueva… ongueva
ouvem-se pássaros
e os sussurros da floresta
para lá dos mares
a abrir a alvorada
ao girassol do destino
e razia-se o torto
sal do desconforto.
Ongueva…ongueva
e a voz tem goiabas
de ventos que não acabas
e a saudadete leva.
Após o repasto de muamba com ginguba, funge, pirão e feijão com óleo de dendem, simplesmente despedimo-nos com um mungweno (até qualquer dia).
O Soba T´Chingange
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