AS ESCOLHAS DO KIMBO
”O Titanic do Ocidente”- Sol – 3ª Parte
Por José António Saraiva*
E os problemas das famílias prolongam-se nas escolas, sendo responsáveis por fenómenos como a indisciplina nos estabelecimentos de ensino, que se tornou uma praga. Assistimos a alunos a agredirem professores em plena sala de aula – o que não devia sequer poder passar pela cabeça dos alunos, quanto mais poder acontecer. E a seguir vêm as drogas, o consumo crescente de drogas, com o seu rosário de problemas. Drogas que têm como objectivo explícito a alienação, a fuga à realidade, a marginalização do quotidiano. E depois temos as inscrições nas paredes, os gangues suburbanos, o aumento da criminalidade. E assistimos ainda ao aumento dos desvios sexuais: multiplicam-se os travestis, os transexuais, as trocas de casais (o swing), para já não falar da pedofilia. A ostentação da homossexualidade tornou-se também uma moda. Em Paris, jovens homossexuais descem o Boulevard Saint Michel ou os Campos Elíseos de malas femininas penduradas nos braços imitando as senhoras.
Todos os sinais aqui apontados, repito, são peças de um mesmo puzzle e são típicos das sociedades em crise. E não adianta fechar os olhos nem vale a pena lutar contra o inelutável. Os economistas, os financeiros, os políticos esmifram-se a procurar ‘saídas para a crise’. Mas a crise não tem saída porque a questão não é económica e financeira: a crise económica e financeira em que estamos mergulhados é apenas um dos sintomas do descalabro geral. Já percebemos que temos de nos habituar a viver com menos. Mas o grande problema não é esse. Antes fosse... O grande drama é que o mundo onde cada um de nós julgava que iria viver sempre entrou numa decomposição acelerada. O barco onde navegámos durante séculos chegou ao fim do prazo de validade e está a afundar-se.
Confusão . Miró
E isso vê-se em tudo. Basta abrir os olhos. Vê-se no afundamento cultural – com a desqualificação da pintura, da escultura, da literatura e da música. Vê-se na desvalorização do casamento e na desagregação da família. Vê-se na deterioração da autoridade e da disciplina, particularmente nas escolas. Vê-se nos desvios sexuais, na proliferação das drogas, na perda de valores e de referências positivas. E tudo isto é simbolizado pelos jovens com os quais comecei este artigo: esses jovens vestidos de preto, com a pele furada por argolas e manchada por tatuagens, que parecem os corvos anunciadores da desgraça. Aves de mau agoiro.
*José António Saraiva - Director do Semanário O SOL . 7 /11/ 2011
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