FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
A REVOLUÇÃO, A DESCOLONIZAÇÃO E A TRAIÇÃO.
“MARÉ BAIXA“
Aristides Arrais* "XIPALA: - Fotografia, cara, rosto, personalidade, carácter”
No dia 6 de Março de 2012 07:57, Aristides Arrais <arrais-37@hotmail.com> respondeu a um e-mail encaminhado por mim, o Soba. O mesmo mostrava incidentes da descolonização portuguesa. Esta missiva teve resposta na forma de interrogatório e que, coloco aqui na forma de entrevista com o prévio conhecimento deste:
Amigo Soba T´Chingange
Embora a exposição de horrores da descolonização, não me seja de todo estranha, posto que tive conhecimento e consciência de que duas famílias de minha terra natal (Bustos) tinham sido trucidadas, alguns questionamentos me envolvem sobre o assunto colocado pelo concluso: Gostaria de conhecer melhor sua opinião quanto às questões levantadas?
A) Você acha que o 25 de Abril foi um equívoco em Portugal?
Soba: O 25 de Abril tinha que acontecer mais tarde ou mais cedo pela insustentabilidade da ditadura de Salazar. Partiu da contestação de militares milicianos que não queriam mais ir para um território distante defender uma “utopia”. Os militares salientes deste movimento dos cravos, quase pacífico, formaram o MFA e estes como num aviário, ascenderam a postos de comando (generais de aviário) sendo manobrados pela ideologia comunista cuja finalidade era entregar o Ultramar a qualquer preço. O MFA desrespeitando seu próprio programa traiu os colonos que ansiavam na sua maioria ficar em paz num território que ajudaram a construir, abandonando-os, simplesmente! O 25 de Abril não foi um equívoco! Foi um aborto doloroso para nacionalistas, colonos e seus descendentes!
Os dois bustos (T´chipalas) de Arrais
B) As colónias de Angola e Moçambique não deveriam ter direito à sua independência?
Soba: As colónias tinham todo o direito à independência e isso não está em causa; o processo de emancipação foi todo adulterado de forma a satisfazer compromissos políticos com os grupos de esquerda provenientes da guerra-fria entre Americanos e Russos que se apossaram do poder manietando as instituições e povo, levando-o a um descalabro pernicioso de sequelas irreparáveis. Oficiais traidores portugueses como Rosa Coutinho, tudo fizeram para que a debandada se tornasse uma realidade. Este e muitos mais militares de aviário do MFA nunca foram julgados por seus crimes e o próprio povo português tem culpas no acto, porque não tiveram a ousadia de se insurgir contra o efectivo abandono, crime, e até roubo (recorde-se do PREC - processo de revolução em curso). Há testemunhos de militares portugueses participarem na pilhagem de haveres a seus compatriotas e recusa em assumir defesa destes enquanto era seu dever por soberania. Genericamente o desejo pela independência era latente na maioria dos colonos de várias gerações e que se consideravam filhos da terra. Não está em causa a descolonização mas a forma como foi liderada pelas autoridades e militares, inconsequentes, irresponsáveis e imaturos incompetentes de Portugal.
C) Que tipo de solução poderia e deveria ter sido dado a essas colónias?
Soba: Tal como estava previsto no manifesto e lei do MFA, os territórios mudariam de gestão com salvaguarda de vidas e bens para quem desejasse ficar. As posteriores alterações viriam naturalmente, tal como sucedeu na África do Sul. Os partidos que assumissem o encargo de gerir o território não deveriam estar militarizados havendo um período de transição supervisados por força militar da ONU ou outra aceite pelos movimentos intervenientes.
(Continua…)
O Soba T´Chingange
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