AS ESCOLHAS DO KIMBO
LENDAS DO INTERIOR BRASILEIRO
As Amazonas: Em grego antigo eram as integrantes de uma antiga nação de guerreiras da mitologia grega. Heródoto colocou-as nas fronteiras da Cítia, na Sarmácia. Entre as rainhas célebres das amazonas estão Pentesileia, que teria participado da Guerra de Tróia.
No Reino das Pedras Verdes, no coração da selva amazónica, contam os índios, vivem mulheres guerreiras, que caçam e pescam os seus alimentos, trabalham na roça, onde cultivam a mandioca, tecem redes e tecidos coloridos, fazem vistosas cerâmicas, adornos de penas para os corpos esbeltos. São mulheres que dividem tudo por igual e, naquele reino, não vivem homens. Elas são as Amazonas. O Reino das Pedras Verdes é governado por uma rainha. Cabe a ela a arte guerreira preservando os rituais de purificação aos deuses da mata. A rainha das Amazonas é quem organiza as festas e as tarefas de trabalho. Seu reinado é curto, dura apenas cinco luas cheias de Abril. Por isto, de cinco em cinco anos, o reinado é passado a uma virgem de vinte anos. Para demarcar o reino, as Amazonas fabricam um amuleto, o muiraquitã, uma raridade que nenhum índio de toda a selva amazónica sabe como é feito.
: O Boto do Amazonas
A matéria-prima para fabricá-lo só é encontrada na terra das mulheres guerreiras. Uma vez por ano, no mês de Abril, as mulheres guerreiras recebem os homens, para que assim, possam acasalar, garantindo a prole e as tradições. Na noite de lua cheia de Abril, uma grande claridade ilumina as águas límpidas do grande lago Jaci-Uaruá. Reflectidas pelos raios do luar, as Amazonas mergulham no lago, indo até às suas profundezas, de onde trazem uma grande quantidade de barro. É deste barro limoso que modelam as figuras de rãs, peixes e tartarugas. O barro tem que ser modelado às pressas, ainda debaixo da água, antes que o luar endureça o limo verde.
:O Peixe-boi do Amazonas
Dos animais modelados, a rã, símbolo da fertilidade das mulheres guerreiras, transforma-se em um amuleto de acasalamento, que ao ser perfurado, é posto nos seus pescoços. Elas estão prontas para naquela noite, receberem os mais viris e saudáveis índios das tribos vizinhas. É a noite nupcial do luar de Abril. Após uma noite ardente de amor, as Amazonas estão fecundadas. Para os índios que lhe deram uma filha, elas retribuem com o muiraquitã. Os que lhe deram um filho no ano anterior, terão que levar o menino para ser criado em suas aldeias, posto que no Reino das Pedras Verdes só vivem mulheres, são elas as Amazonas, as mulheres sem maridos*.
Muiraquitã
*Nota à margem: O Amazonas em realidade está pejado de coisas ilusórias que encaixam perfeitamente na mentalidade índia tão cheia de misticismo a explicar o inexplicável; assim podemos relacionar com estes cultos os sacrifícios astecas a deuses de fertilidade; podemos relacionar com as festas do boto, um golfinho do rio Amazonas que copula com as donzelas amazonas. Um golfinho que sofreu mutações ao longo do tempo tornando-o diferente de seus irmãos do oceano. Isto pode ser vivenciado hoje em Alter do Chão; Temos a festa do peixe-boi, que é apanhado com arpão como se fosse um cachalote, um cetáceo dos grandes oceanos e, tantas outras misteriosas práticas de beira-rio (em vias de extinção).
(Final…)
Mussendo: Conto e raiz popular, do Kimbundo de Angola
Referência bibliográfica. Jeocaz Lee-Meddi - Adaptação livre de para textos de Brasil, Histórias
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