FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“O Velho Chico”
Orlando ( Roeland Emiel Steylaerts) enviou-me sua vida embrulhada em recordações, um livro que nunca publicou e que, não sente agora o animo certo para mitigar as angustias passadas; após ter recolhido dele este estado de espírito prometi que o iria colocar aqui no Kimbo por fascículos intervalados com episódios em anexo que o tempo e o lugar geográfico permitirem. Revi-me nele, causticado pela ausência de fraternidade e do partilhar de vivências; como ele, sinto-me só, incompreendido, agora que os anos me deram o trampolim da sabedoria com conhecimento e os instrumentos de informação avançados. Ambos nos preocupamos com os muitos e fúteis devaneios que no dia a dia observamos das gentes envolventes ao nosso quotidiano mundo Terráqueo. Resta-nos a consolação de registarmos isso como lágrimas regimentadas em um cálice de fina porcelana. Já Nero chorou e guardou esse líquido que todos nós vertemos de quando em vez como escape às arbitrariedades de quem nos esmaga e, entrementes, ele, Nero, apreciava a sua querida Roma a arder, por seu mando; sublime sofrimento de amor.
Américo vespúcio
Orlando revelou-me no discurso directo, com sentimento retalhado de tristeza que a sua vida descrita em folhetins foi uma ousadia sobrevivente à curiosidade; a mesma que é vendida a retalho do melhor preço para dar continuidade a um agora, derrapando para um incerto amanhã: – Neste momento necessito de dinheiro para seguir o rumo da vida, disse ele de rosto sombrio e olhar húmido. Para entender a presença de Orlando naquele paradisíaco sítio teremos de nos recolher na história de há 500 anos atrás. As causas a que levou gente ariana da Europa a tomar assento nestas paragens tão fora de portas quando ainda, a América era um esboço. Uma ilusão de estar entre fantasiosos contos de blogueiros marinheiros, aventureiros e corsários que demandavam riquezas faladas ao jeito de sonhos, com morros de ouro e prata rebrilhando ousadias. Teremos de voltar lá atrás ao tempo de D. Sebastião quando por volta de 1569 quis, em um acto de foito jovem imberbe, recuperar as praças de África perdidas e abandonadas por seu avô D. João III. De insensatez em desvario e antes de morrer em Alcácer Quibir, ofereceu os préstimos de Portugal a D. Carlos IX de França para combater os huguenotes. Entre méritos de dilatação do império e da fé, a França ficou só por aí, porque entretanto os Calvinistas acabaram por tomar o poder do reino de França. Veio em seguida a tomada de possessões portuguesas pelos huguenotes holandeses após a queda do reino para os reis Filipinos. Os países baixos estavam em guerra com os reinos da Espanha com sede em Burgos e, como tal, criaram a companhia das Índias Orientais e Ocidentais para açambarcar todo o espólio português que nesse então formava a Ibéria com os reis Filipe I,II e III.
OS REIS FILIPE I, II E III
È neste capítulo da história que se entra nas possessões ricas e exóticas das índias portuguesas e os entrepostos comerciais espalhados de forma pouco consistente ao longo da costa de África e Brasis. A América ainda não tinha esse nome porque Américo Vespúcio ainda não tinha ainda firmado a sua versão; foi o seu nome que ficou agregado a este continente. A vulnerabilidade das possessões portuguesas tendo no comando os reis espanhóis, deu azo aos huguenotes holandeses, franceses e judeus perseguidos pela Santa Inquisição a que formassem a tal Companhia das Índias, uma forma de através de corsários se apropriarem da soberania desguarnecida
nesse tão vasto mundo que hoje conhecemos.
CAATINGA . Termo tupi-guarani
Juntaram-se a estes corsários ricos judeus de Antuérpia e Roterdão que dominavam o mundo do negócio de especiarias e exotismos distantes. O mundo europeu exortava em luxúria entre lustre de diamantes e ouro Inca e tantas novas coisas. Surge então o Conde Maurício de Nassau chefiando aquela forte Companhia das Índias, e que com forte armada debanda os Tugas de então de Olinda que fica sendo um seu bastião em terras de Pernambuco. Piaçabuçu, vem a ter importância após a tomada de Olinda pelos Holandeses e mercenários de várias praças a seu mando; estava em causa desbravar o interior profundo duma caatinga agreste e infestada de gente brava que comia seus inimigos para ainda ficar mais forte; os caetés e tapuias.
(Continua…)
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