FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“MADEIRA – BRASIL”
Bandeira da Companhia das Índias Ocidentais
Após a rendição do forte de São Jorge em Junho de 1625, Fernandes Vieira estabeleceu ligações estreitas com o holandês Jacob Stachouwer e, por mútuos interesses aprofundaram relações comerciais num crescendo notório. Stachouwer acompanhou o cerco do arraial na qualidade de conselheiro político da Companhia das Índias Ocidentais. Segundo escritos de gente ligada ao clero, Fernandes Vieira teria servido de informante da soma que cada um dos moradores rendidos no Arraial Velho do dito forte de São Jorge, poderia pagar pelo seu resgate e, até teria apontado os possuidores de ouro e prata. Daí ser apontado pelo “Capelão” como homem pouco escrupuloso e, com uma grande ambição de fazer fortuna. Vieira, perspicaz como era, deveria ter-se apercebido das possibilidades de fazer fortuna em negócios ou serviços prestados aos invasores; outra forma de proceder, seria ficar sem apoio para que e, em surdina no momento próprio, poder dar volta à situação que lhe aprouvesse.
Maurício de Nassau
O que de início não passou de mera prestação de serviços, depois associado nos negócios, veio a ser mais tarde verdadeira colaboração com os mafulos dominadores, o que explica a grande animosidade que contra ele manifestavam seus patrícios, que à socapa, se empenhavam na campanha da restauração. A terra, estava devastada, engenhos queimados, a escravaria fugida, oficiais e lavradores dos engenhos emigrados e desorganizados. Insurrectos campanhistas percorriam as terras em poder dos mafulos incendiando e matando. A aversão aos invasores holandeses era forte. Os engenhos em posse dos mafulos clamavam por negros de Angola que não chegavam. Faltando a estes a experiência necessária para fazer tocar os engenhos, e porque não estava na política da companhia organizar colonatos, não tiveram outra saída senão dar feitorias aos antigos donos e, é na qualidade de feitor de Jacob Stachouwer a que Vieira ascende; primeiro como feitor dos engenhos e mais tarde procurador do mesmo.
Dominio holandes no Nordeste Brasileiro
Por parte da Companhia das Índias Ocidentais, não só não houve qualquer iniciativa séria em favor da colonização rural, como não se tentou interessar a arraia-miúda, os Huguenotes, no ofício dos engenhos; estavam todos virados para a o cabo Sul da África aonde vieram a instalar-se com sucesso. Os flamengos, escoceses, franceses, ingleses e israelitas judeus, cristãos novos, aventureiros que passaram então no Brasil, fizeram-se em grande número negociantes de comércio e profissionais burgueses; refaziam assim, a sua periclitante vida em prosperidade tolerada. A vida rural, continua assim na inteira dependência dos luso-brasileiros, não obstante estarem os mafulos cientes da “má fé dos portugueses”. Foi pelos serviços prestados a Jacob Stachouwer que Fernandes Vieira conseguiu ascender na confiança dos próprios mafulos do governo. Convêm fazer referência que, entretanto em Angola na posse dos holandeses, negreiros flamengos e portugueses iam prosperando, comprando negros com n´zimbos, conhas de fazer zingarelhos, recebendo em troca baús de florins e patacas bem cotados nas praças de Amesterdão e Antuérpia.
Referência Bibliográfica: RESTAURADORES DE PERNAMBUCO de José António Gonçalves de Mello (1967).
Mafulo: Nome dado aos Holandeses em Angola (N´Gola).
(Continua…)
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