“A GUERRA DO COLTAN” - O oculto no uso de telemóveis / Celulares O minério Coltan
A maioria de nós só pensa em seu telemóvel / celular; do quanto custa e do quanto se gasta por mês com esse aparato tornado indispensável. Raramente as pessoas se detêm a considerar o custo em vidas humanas que envolve este negócio; a grande maioria desconhece o que é essa guerra surda entre gente distante sobrevivendo nas minas, raspando com as mãos esse mineral. As República Democrática do Congo (RDC) detêm 80% das reservas mundiais desse mineral, o tatalum tão necessário à indústria electrónica. O tântalo é o metal essencial utilizado na produção de telefones celulares e computadores portáteis; permite que eles fiquem mais compactos e, serem também utilizados a temperaturas muito elevadas. A miniaturização desses utensílios, depende do coltan.
Os donos da guerra
Mais de dois bilhões de pessoas no mundo, usam agora telefones celulares ou “laptops”. Estes minúsculos celulares colocados ponta com ponta, atingiriam mais de metade do percurso para se chegar à lua. A demanda diminuiria se as pessoas não substituíssem os telefones celulares com tanta frequência mas, seus donos, mudam-nos no mínimo a cada 12 meses. A ânsia de lucros das quatro principais empresas de electrónica: Cingular, Sprint, T-Mobile e Verizon não é compatível com os padrões de reciclagem. É irónico que o povo do Kongo tendo sofrido a colonização Belga com elevados índices de atraso e inerente pobreza e morte, seja de novo envolvido por seu país ser rico em ouro, cobre, diamantes, borracha e agora o coltan. Eles enfrentam a batalha dos metais que compõem nossa sociedade usufruindo migalhas. A riqueza deste mineral dá o lucro de bilhões de dólares aos mercados financeiros de Paris, também de Londres, Nova York, Toronto e Austrália (Os primos exploradores da Commonwealth). O resto do mundo delicia-se com seu maravilhoso aparelhinho alheio a tudo. A Conferência de Berlim sob a égide de Otto von Bismarck, dando fim aos trabalhos a 26 de fevereiro de 1885 teve como objectivo organizar a ocupação de África pelas potências coloniais, que resultou numa divisão desrespeitando a história e as relações étnicas até então existentes. O Zaire ou Kongo ficou destinado a ser gerido pela Bélgica.
O rei Leopoldo da Bélgica colonizou o Kongo de acordo com o tratado citado. Em 23 anos, sob o seu reinado, morreram 10.000.000 de congoleses, e isso, foi a metade da população do país. Bélgica explorou borracha, cobre e marfim até à exaustão sem deixar qualquer infra-estrutura considerável. Chefes de mineração e exércitos cortariam a mão a trabalhadores por não produzir rápido e o suficiente; a educação foi incipiente a comparar com a vizinha Angola que prosperava mesmo no executivo colonial português. Hoje, talvez os donos das multi-nacionais de minas não sejam tão brutais como a gestão belga mas, o povo congolês ainda está esmagado pela pobreza confrangedora e guerras pelo mando e comando daquele metal. Consórcios de países ricos assinam acordos lucrativos com o governo corrupto e, em simultâneo, com os rebeldes armados por estes, para extrair esse mineral valioso. Todos somos cúmplices deste massacre, mas todos se ilibam na sombra da confortável ignorância.
XICULULO: -Olhar de esguelha, mau-olhado, olho gordo
(Continua…)
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