FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“MADEIRA – BRASIL”
: Pôrto Calvo . AL
Um outro aspecto a ser tomado em conta é o de que muitos soldados franceses, católicos, a serviço dos holandeses, passaram-se com suas armas para o lado dos portugueses, o que dá a indicação do sentido religioso da luta contra os invasores calvinistas. Estes desertores, no dizer dos Mafulos, juntaram-se ao “ninho de formigas” dos luso-brasileiros no lugar de Pôrto Calvo. O dia 13 de Junho, dia de Santo António ficou marcado como o primeiro dia de insurreição. João Fernandes Vieira reuniu-se no engenho de Luís Brás Bezerra com todos os fazendeiros insurgentes com seus criados e escravos armados com armas de fogo. Já com 130 pessoa, Vieira passou-se para Camaragibe, onde tratou de recrutar gente, mandando anunciar pelas freguesias “que todos os negros crioulos, angolas, minas, ardas, mulatos e cativos que acompanhassem aquela empresa e o fizessem como bons soldados, ele prometia-lhes carta de alforria… Aos que se oferecessem para a guerra, seria-lhes dado perdão do que devessem a holandeses e judeus.
Batalha de Guararapes
Ao agora Governador da Liberdade João Fernandes Vieira e no lugar de Maciape, juntaram-se-lhe 800 homens brancos, mamelucos e mulatos com 130 espingardas alguns dardos, fouces e paus tostados; eram agora, já 900 homens “afora mulatos e negros”. A chegada dos índios de Camarão “ armados de mosquetes biscainhos, e com uma trombeta, alegrou os menos afoitos que mais contentes ficaram com a chegada das tropas de Amador de Araújo “porque se viam com mais cabedal para enfrentar o inimigo”. Os que estavam medrosos como ovelhas, tornaram-se bravos leões quando Henrique Dias com seus mestiços ali se vieram bivacar. O local, Monte das Tabocas, foi escolhido por António Dias Cardoso, que comandou a peleja e a venceu. A vitória das Tabocas deu ânimo aos insurrectos e forneceu-lhes armamento e munições, abandonado no campo pelos vencidos.
Vista de Olinda . Ao longe o Recife
O Tenente-coronel Hendrick Van Haus, derrotado retira-se para a casa-grande do engenho de D. Ana Pais. Vieira, com sua tropa em baixa moral. Fernandes Vieira, ciente do desembarque de André Vidal e Martins Moreno, procura fazer junção com eles pelo que chega à vila abandonada de santo António do Cabo, abandonada pelos flamengos que se recolheram no Forte de Nazaré. A 16 de Agosto dá-se o encontro de Vidal com Vieira. Os cronistas de então dissimulam o episódio narrando-o com seriedade como se não houvesse entre eles entendimento e cumpre-se o exigido, Vieira é preso pela sua suposta insubordinação e diz-se que, tendo Fernandes Vieira feito ver as razões do povo, ambos aceitaram unir as forças no levantamento contra os Mafulos. Juntas as tropas seguem de imediato para o Engenho de D. Ana procurando o confronto como Hendrick van Haus comandante em chefe das tropas holandesas. Haus, negligente, não pôs suficientes sentinelas de guarda, de modo que foi apanhado de surpresa pelos luso-brasileiros; depois de rápido combate foram aprisionados 243 militares, entre os quais, três dos seus mais graduados oficiais: O Comandante dos Índios Johan Listry e os Capitães blaer e Wiltschut.
Mafulos: Nome porque eram conhecidos os Holandeses em Angola nessa época.
Referência Bibliográfica: RESTAURADORES DE PERNAMBUCO de José António Gonçalves de Mello (1967).
(Continua…)
O Soba T´Chingange
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
ANGOLA - BRASIL
KITANDA
ANGOLA MEDUSAS
morrodamaianga
NOTICIAS ANGOLA (Tempo Real)
PÁGINA UM
PULULU
BIMBE
COMPILAÇÃO DE FOTOS
MOÇAMBIQUE
MUKANDAS DO MONTE ESTORIL
À MARGEM
PENSAR E FALAR ANGOLA