FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“MADEIRA – BRASIL”
Bandeira da Madeira
No dia 6 de Outubro de 1645 o Governador-geral, António Teles da Silva, nomeou João Fernandes Vieira Mestre de Campo de um Terço que mandava formar em Pernambuco de todas as Companhias de Infantaria constituídas para a guerra da restauração. Neste meio tempo Sousa Coutinho foi nomeado embaixador plenipotenciário junto aos Países Baixos de Haia a fim de diplomaticamente refazer a nação perante os Holandeses e a santa Sé; O facto de este diplomata ter sido paciente no trato com os Mafulos protelando iniciativas destes, deu oportunidade aos restauradores pernambucanos a possibilidade de se organizarem pelo que todas as negociações foram alteradas em virtude das vitórias conseguidas em Guararapes, a primeira a 19 de Abri de 1648 e a segunda em 19 de Fevereiro de 1649. Havendo a possibilidade de derrotar os holandeses e expulsá-los do Brasil pela força das armas, não obstante Sousa Coutinho não acreditar nessa hipótese tudo fez para ludibriar a diplomacia no sentido de nada pagar em restituição das antigas terras portuguesas; foi mal interpretado pelos governantes de então que não vislumbraram as ardilosas manobras de deixa correr para holandes ver.
Entretanto era enviada para Angola uma frota sob o comando de Salvador Correia de Sá a partir da Bahia. A 29 de Dezembro de 1648, chegou a Haia a notícia de que Salvador Correia de Sá havia tomado Luanda aos holandeses em 26 de Agosto anterior, o que indispôs ainda mais os holandeses contra o Embaixador. Cinco províncias votaram por uma declaração de guerra contra Portugal. Sousa Coutinho evitou que os Estados de Holanda enviassem socorros quando estes podiam salvar a causa da Companhia das Índias tendo dado o tempo necessário para que os colonos, luso-brasileiros auxiliados pela metrópole, ficassem em condições de alcançar a vitória. Assim e de acordo com o já dito, João Fernandes Vieira comandou o principal terço de infantaria em companhia de André Vidal de Negreiros, brasileiro de origem portuguesa, Felipe Camarão, índio brasileiro da tribo potiguar e Henrique Dias, filho de escravos.
Bandeira de Angola
O Padre António Vieira ciente da força Holandesa não acreditava que fosse possível obter pelas armas a posse dos territórios na posse dos Mafulos pelo que sugeriu o suborno para conseguir o intento na compra de Pernambuco; Uma quantia elevada de cruzados foi posta ao dispor do Embaixador Sousa Coutinho com esse propósito. Era tanta a inquietação de D. João IV que lhe ocorreu retirar-se para o Brasil, constituído-o em reino autónomo, entregando Portugal ao Príncipe herdeiro D. Teodósio, ainda de menoridade, ficando na regência do Reino o futuro sogro deste, da corte francesa. Este episódio é pouco relatado nas crónicas de então mas o certo foi de que mais tarde o Brasil veio a ser refúgio de D. João VI com toda a corte fugindo às forças invasoras de Napoleão; estes pormenores acabam por ter influência no destino dos países e até o condenado suborno era subestimado pelo clero. Este afinco de atitude patriótica não era apanágio dos Huguenotes e foi desta falha que ditou a história do grande Brasil.
Mafulos: Nome porque eram conhecidos os Holandeses em Angola nessa época
Referência Bibliográfica: RESTAURADORES DE PERNAMBUCO de José António Gonçalves de Mello (1967).
(Continua…)
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