FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“MADEIRA – BRASIL”
Funchal . 2012
A terminar a série de crónicas sobre João Fernandes Vieira faz-se aqui uma revisão dos momentos mais destacados deste madeirense que se fez líder da insurreição de 1645 pós a partida de Maurício de Nassau do Recife, passando a opor-se aos invasores, com a ajuda de frei Manuel Calado, que do seu púlpito convocava o povo à luta contra os "hereges" de Olinda e mafulos de Angola. Em 1639, Vieira já era uma pessoa importante na sociedade pernambucana, tendo sido indicado para o cargo de escabino (membro da Câmara Municipal) de Olinda. Posteriormente, foi escabino de Mauricia (Recife) de Julho de 1641 a Junho de 1642, sendo reconduzido, no exercício de 1642 a 1643. Em 1643, casou-se com Maria César, filha do madeirense Francisco Berenguer de Andrade e de Joana de Albuquerque, descendente de Jerónimo de Albuquerque. Com o casamento, João Fernandes Vieira ingressou definitivamente na aristocracia rural pernambucana.
Olinda . 2012
Vieira foi o primeiro signatário do pacto selado em 1645 no qual pela primeira vez, figura em terras brasileiras o vocábulo pátria. Era já o conceito de nação que bulia nas gentes, mazombos, mulatos e luso-brasileiros na generalidade que sentiam a terra como a sua. Na função de mestre-de-campo, comandou o mais poderoso terço do Exército Patriota nas duas batalhas dos Guararapes (1648 e 1649). Por seus feitos, foi aclamado Chefe Supremo da Revolução e Governador da Guerra da Liberdade e da Restauração de Pernambuco. Além de Vieira, André Vidal de Negreiros, António Filipe Camarão, à frente dos índios da costa do Nordeste; Henrique Dias, no comando de pretos, crioulos e mulatos e o capitão António Dias Cardoso, tornaram-se os heróis do imaginário nativista pernambucano. A "guerra da liberdade divina", nas palavras do padre António Vieira, durou nove anos, sendo de assinalar que o governador de Pernambuco, António Teles da Silva, dava apoio encoberto à revolta, enquanto os holandeses pensavam que se tratava apenas de uma sublevação na capitania de Pernambuco.
Luanda . 2012
É de destacar a diplomacia de D. João IV de Portugal, que entretanto, pela mão do seu Embaixador Sousa Coutinho tentava, na Europa, não indispor a Holanda. O que ocorria no Recife como manobra ágil de diversão, não tinha o apoio oficial da Coroa, “para holandês ver” e, por isso, existir uma mentira de conflito entre o governador e os colonos revoltados. Na primavera de 1646, o governador António Teles da Silva chegou a ser mandado regressar a Lisboa, onde esteve detido em São Gião como colaborador dos revoltosos de Pernambuco. Aproveitando a vitória de Tabocas, foi possível recuperar outras zonas em poder dos holandeses: os fortes de Sergipe, do rio São Francisco, do Porto Calvo, de Serinhaém e de Nazaré. Com a paz, após 1654, Fernandes Vieira recuperou seus bens e, entre outros cargos, foi nomeado Governador e Capitão-Geral da Capitania da Paraíba (1655-1657). Foi mais tarde, nomeado governador e Capitão-general de Angola (1658-1661). Exerceu também o cargo de Superintendente das Fortificações do Nordeste do Brasil, de 1661 a 1681.
Mafulos: Nome porque eram conhecidos os Holandeses em Angola nessa época
Nota: Ter em atenção que as descrições, às vezes se repetem de forma aleatória ao tempo, de forma a poder descrever-se alguns detalhes que complementam os planos principais do cenário.
Referência Bibliográfica: RESTAURADORES DE PERNAMBUCO de José António Gonçalves de Mello (1967)
FINAL
O Soba T´Chingande
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
ANGOLA - BRASIL
KITANDA
ANGOLA MEDUSAS
morrodamaianga
NOTICIAS ANGOLA (Tempo Real)
PÁGINA UM
PULULU
BIMBE
COMPILAÇÃO DE FOTOS
MOÇAMBIQUE
MUKANDAS DO MONTE ESTORIL
À MARGEM
PENSAR E FALAR ANGOLA