FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
ACORDO ORTOGRÁFICO . Eu escrevo português.pt
Por
PONTOS DE VISTA - LINGUA DE CAMÕES E FERNANDO PESSOA
O Brasil não tem culpa nenhuma, não nos quer impôr as suas normas nem tem sentimentos de superioridade em relação a nós, Portugal, só porque é grande, e nós pequenos. A culpa é toda nossa, falantes da língua materna; somos muito torpes ao julgar que se escrevermos ação e redação nos inchamos do tamanho do Brasil, como se usassemos antas e nos puséssemos em cima de uma cordilheira do pantanal substituindo os sapatos. Mas, como os sapatos não são nossos nem temos antas de marca suficientemente latinas, andamos por aí aos trambolhões, a entortar os pés e a manquejar. E é bem feita, para não sermos asnos. Se os Brasileiros começarem a falar direitinho irão perder a graça! Esta é a explicação mais comoda e mais plausivel para aceitar o acordo ortográfico. Mas, cada qual, com a sua!
É verdade que os politicos brasileiros confundem “transparente” com “traz parente” mas eu não sou CONTRA O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO porque estes, têem vinte vezes mais falantes do que Portugal. Claro que não sei se me adaptarei e, é por isso que continuo a escrever no português que aprendi: português-pt, a lingua materna saída do latim. Não obstante a minha modesta opinião convêm ler a seguir, os 23 itens que alguém me mandou da Luua no intuito de assinar a petição CONTRA o acordo mas, eu não irei assinar nem reencaminhar mesmo que tenha vinda do Vasco Graça Moura ou com o seu selo:
1. Se no Brasil se fala "tu quer" (Gaúchos) ou "você quer" acho que futuramente, assim iremos falar!
2. O "C" de Directo serve para algo. Para os Brasileiros é mudo porque eles acentuam todas as sílabas como os Espanhóis. Os portuguêses não, precisam de ter o "C" para dizer que "directo" é lido como "diréto", senão seria como coreto ("corêto"), cloreto ("clorêto"), luneta ("lunêta"). Não dizemos "lunéta" nem "cloréto" nem "coréto" não é? Vamos ler "direto" como? "dirêto"? Enfim, o "C" serve para algo em Portugal, no Brasil não!
3. Dizer-se «olhe, você aqui lê EGITO mas NESTE CASO específico, fale "EGIPTO" finja que exista lá um "P" imaginário, finja que é como o "EGYPT" do seu país, mas escreva só "EGITO" não tente perceber, o Português é assim! E olhe há egípcios, egiptólogos, tudo tem P mas no Egipto é EGITO, sem "C"!» - É isto que vamos dizer ao ensinar Português?
4. E que mal tem "pêlo" ter o acento? É mais bonito escrever: "agarrar o cão pelo pelo"?...
5. Não há qualquer desvantagem em existir Português-PT e Português-BR, como há Inglês diferente em UK e USA (doughnut e donut), tal como o Espanhol, em que "coche" na Espanha será "carro" na América do Sul, etc. Portugal, só têm desvantagens e custos com o Acordo. Portugal será o único ex-colonizador a escrever e falar como a colónia (por algum motivo obscuro). Não nos entendemos assim? Só pouparemos dinheiro e neurónios.
6. Peçam a um Brasileiro para dizer "Peniche" e verão a palavra que sai de sua boca. Isto porque o Português-PT tem muito mais riqueza fonética e até linguística que o Português-BR. O português aprende facilmente o Português-BR mas os brasileiros não aprendem tão facilmente o Português-PT porque lhes falta essa prática no range maior de sons que a nossa língua contém, havendo até quem diga que o Português é o melhor a aprender línguas e sotaques devido à riqueza da língua materna. Porquê esta insistência do Português-BR, porquê? Qual é o “probrema” ou melhor, problema?
(Continua…)
Ilustrações de Costa Araujo Araujo (J. Augusto Mano Corvo)
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