FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
Por
Era nas areias das praias da Ilha das Cabras, berço do povo Muxiluanda, que os oficiais do Manicongo (o Rei do Congo) recolhiam os Zimbos (n´zimbos - conchas de búzios pequenos), que serviam de moeda corrente para transacções comerciais nas feiras muito activas nas feiras no interior das províncias do Antigo Reino do Kongo.
O fim do auto acaba com súplicas, choros, gaiatices e gatimônias dos cativos sempre pedindo dinheiro aos assistentes que acabam por ceder para livrar-se da insistência e do perigo de ficar-se sujo com a fuligem das panelas agitadas a propósito. A rainha fica em posse do rei branco que se mantém distante das reisadas, cabaçais (de cabaço, virgindade) e zabunbas e chaganças, podendo vender a Rainha a quem mais oferecer. Extra folguedo, os conviventes continuam a sambar esquecendo as horas amargas da vida ao som das sanfonas, saboreando os tragos da branquinha cachaça.
N´gola Kiluanje foi o lider destacado do Antigo Reino do N´dongo que fundou uma dinastia do que mais tarde se havia de vir a conhecer como o Reino de Angola. Nesse então compreendia, entre outros, os distritos da Ilamba, do Lumbo, do Hari, da Quissama, do Haku e do Musseke. Outros reis do Antigo Reino do N´dongo independente foram os Resi N´Dambi A N´gola, o Rei N´gola Kiluanje kia N´Dambi, o Rei N´Jinga N´gola Kilombo kia Kasenda, o Rei M´Bandi N´gola Kiluanje(1592-1617), o Rei N´gola N´zinga M´bandi e a Rainha N´zinga M´bande (Ana de Sousa) que reinou de 1624 a 1626. Em 1626 os Portugueses conquistaram o Reino de Angola, passando este a ser vassalo de Portugal.
E, estando eu divagando nisto ao longo da praia dos corsários, sou surpreendido por uma sombra que me acompanha e que susto, … a sombra da kianda vira gente na pessoa do meu ilustre amigo, que faz tempo não me visitava; desta feita, e com um simples olá, cumprimenta-me com cerimonia. Era Januário Pieter. Estou aqui para te saudar por este trabalho de busca e a propósito, diz ele, saí da minha Luua aonde acompanhei a eleição do meu povo de N´gola, das minhas praias da Samba e Corimba trazendo um colar de n´zimbos. Este colar, por minha vontade e previlégio, é para te regalar como prémio por nos recordares estórias passadas e mussendos desvirtuados. Sentados na areia, ali ficamos falando de outras coisas pondo em dia conversa atrasada; Ainda não totalmente refeito desta visita da kianda, tenso, esbugalhava os olhos reflectindo a espuma do iemanjá, esse grande mar misterioso da kalunga.
Final
Pesquisa bibliográfica: Cadernos de folclore de Théo Brandão – Quilombo
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