”Medo! Medo de tocar em grandes interesses instalados” – Puto
Por
T´Chingange
Com a persistência de uma formiga diligente salalé, dou-me apreciando a apagada vida de voluntário cronista avulso criticando políticos, académicos teóricos que não sabendo dirigir uma grande empresa na vida real, dirigem um país. Até podia admirar um silêncio austero no recolhimento das letras, sem buscar dados à revelia, omissões de gente acomodada com as molas da alma pasmadas, gente de medo; até podia! Mas, a consciência não me deixa! Mas, é malhar em ferro frio, com gente de alma bamba, sem vontade para grandes feitos ou grandes riscos. Mas, que raiva! Mas, não basta haver boas razões para se rejeitar um conjunto de governantes; precisamos ver se não haverá outros melhores para se recusar os presentes. E, parece não haver! Mas, o medo tolhe! Sempre o medo. Medo de tocar em grandes interesses instalados, atrás dos quais estão as famílias de sempre e outros grandes grupos financeiros. Mas, e mais mas, para entorpecer o admirável homem inexistente.
Se a saída do Euro, como dizem, se traduzir numa desvalorização da moeda em 40-50%, quer dizer que a dívida aumenta na mesma proporção e nós teremos também menor poder de compra. Cada vez é tarde de mais, mas se com a política actual chegarmos a níveis de empobrecimento dessa grandeza, estamos exactamente como se tivéssemos saído da moeda única. Mal por mal seria preferível estar então fora dela, emitir moeda para consumo interno, fechar as fronteiras aos produtos asiáticos, "obrigar" de novo a produzir desde pratos a máquinas agrícolas. Tudo o que viesse do exterior seria mais caro, mas não faltaria trabalho nem dinheiro e parte da emissão estaria avaliada pelas reservas que ainda temos em ouro.
É verdade que quando pensamos nisto nos deparamos com uma grave problema e que nos diferencia da Islândia e do Portugal de 77 ou 83: desde a entrada na UE alguém se encarregou de desmantelar tudo o que pudesse ser produtivo em Portugal a troco de subsídios, porque tinha a visão que este país viveria dos que nos frequentariam para jogar golfe e comprar lembranças. Esse autêntico criminoso da nossa economia tem um nome e um rosto e ainda por cima é hoje Presidente da República. Ainda assim, seriamos mais independentes e teríamos a possibilidade de acabar definitivamente com as pragas que corroem a nossa sociedade…. Daí o mal de consciências. É a crise do carácter e a constatação de que a política se resume ao balanço orçamental, para que os portugueses paguem os erros do passado com excepção de se manter um Estado gordo que serve sempre os mesmos (esses não são atacados, porque Passos cairia)! Uma consciência não pode ser accionada por quem não tem carácter e estava de má fé. Apenas não sabemos a forma como "esta história vai acabar".
Ilustrações Do álbum de Costa Araújo Araújo
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