AS ESCOLHAS DO SOBA*
ANGOLA – É um caso curioso! . 1ª de 2 Partes
Opção de
ROSA LIMA
1. O jornal angolano não deixa de dizer algumas verdades. Mas uma coisa é certa, andamos sempre a pedinchar no estrangeiro, e o resultado é a nossa moral e o nosso orgulho esvaírem-se. A nossa Classe Política meteu-nos numa alhada, com esta miséria franciscana. Qualquer dia até os cães nos urinam nos pés...
2. Toda a gente sabe que Angola tem sido esmifrada por essa cáfila de bandidos, que o presidente Zeca tem chalés na França, no Mónaco, que a filha compra bancos como quem compra sapatos, que aqueles generais de opereta, cheios de medalhas, pelos fuzilamentos ordenados, estão podres de ricos, com casarões no Algarve e que as lojas de luxo lisboetas se governam com as madames desses camaradas. Conjugar isso com uma aparência de justiça e estado democrático, é um exercício de corda bamba.
Veja aqui, o editorial do "Jornal de Angola”:
Jogos perigosos
"Camões, faminto de tudo, até de pão, na hora da partida desta vida, descontente, ainda foi capaz de um último grito de amor. Morreu sem nada, mas com a sua ditosa e amada pátria no coração. Ele que sofreu as agruras do exílio e foi emigrante nas sete partidas, escorraçado pelos que se enfeitavam com a glória de mandar e a vã cobiça, morreu no seu país.
O mais universal dos poetas de língua portuguesa deixou-nos uma obra que é o orgulho de todos os que falam a doce e bem-fadada língua de Camões. Mas também deixou, seguramente por querer, a marca das elites nacionais que o desprezaram e atiraram para a mais humilhante pobreza. O seu poema épico acaba com a palavra Inveja. Desde então, mais do que uma palavra, esse é o estado de espírito das elites portuguesas que não são capazes de compreender a grandeza do seu povo e muito menos a dimensão da sua História. Nós em Angola aprendemos, desde sempre, o que quer dizer a palavra que fecha o poema épico, com chave de chumbo sobre a masmorra que guarda ciosamente a baixeza humana.
A inveja moveu os primeiros portugueses que chegaram à foz do Rio Zaire e encontraram gente feliz, em comunhão com a natureza. Seres humanos que apenas se moviam para honrar a sua dimensão humana e nunca atrás de riquezas e honrarias. A inveja fez mover os invasores estrangeiros nesta imensa terra angolana. Inveja foi o combustível que alimentou os beneficiários da guerra colonial. Inveja foi o estado de alma de Mário Soares quando entrou na reunião do Conselho da Revolução, que discutia o reconhecimento do novo país chamado Angola, na madrugada de 10 para 11 de Novembro de 1975. Roído de inveja e de cabeça perdida porque a CIA não conseguiu fazer com êxito o seu trabalho sujo contra Angola, disse aos conselheiros, Capitães de Abril: não vale a pena reconhecerem o regime de Agostinho Neto porque Holden Roberto e as suas tropas já entraram em Luanda. Uma mentira ditada pela inveja e a vã cobiça. A inveja alimentou em Portugal o ódio contra Angola todos estes anos de Independência Nacional. E já lá vão 37! Os invejosos e ingratos para com quem os quer ajudar estão gastos de tanto odiar. Que o diga a chanceler Ângela Merkel, que ajudou a salvar Portugal da bancarrota, mas é todos os dias insultada. Recusam aceitar que foram derrotados depois de alimentarem décadas de rebelião em Angola, de braço dado com as forças do apartheid de uma África do Sul zelosa guardiã da humilhação de África.
(Continua… 2ª Parte…)
Mussendo: Conto de raiz popular, missiva em forma de mukanda (carta) do Kimbundo de Angola (N´gola), Comunicado.
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