AS ESCOLHAS DO KIMBO
A actual educação estraga as crianças – Portugal . 2º de 2 Partes
Eduardo Sá -psicólogo clínico, psicanalista e professor de psicologia clínica na Universidade de Coimbra e no Instituto Superior de Psicologia A
Eduardo Sá defendeu que as "educações tecnológicas" possam dar lugar à "educação para o amor" como "a questão mais importante das nossas vidas". Neste sentido afirmou que "devia ser proibido dizermos aos nossos filhos que se deve casar para sempre". "Sempre que namoramos mais um bocadinho, casamo-nos mais um pouco e sempre que deixamos de namorar, divorciamo-nos em suaves prestações", concretizou a provocação, considerando o casamento tão sagrado como frágil. "É uma experiência sagrada porque duas pessoas que decidem comungar-se é uma experiência tão preciosa que é sagrada, mas é frágil porque, às vezes, os pais estão tão preocupados com a educação dos filhos que se esquecem de namorar todos os dias", Pais mal-amados tornam-se piores pais. "É fundamental que a relação amorosa dos pais esteja em primeiro lugar. Eduardo Sá defendeu que "as crianças devem sair o mais tarde possível de casa" e jardins de infância "tendencialmente gratuitos para todos".
"Não se compreende como é que a educação infantil e o ensino obrigatório não são a mesma coisa", criticou, lamentando que os governantes, "nomeadamente a propósito da crise da natalidade", não perguntem: "quanto é que uma família da classe média (se é que isso ainda existe em Portugal) precisa de ganhar para ter dois ou três filhos num jardim-de-infância". O psicólogo defendeu ainda jardins de infância onde as crianças "brinquem e ouçam e contem histórias", tenham educação física, educação musical e educação visual. "O ensino básico não é muito importante senão para que, para além de tudo isto, as crianças tenham português e matemática", disse, considerando ser "mentira que as crianças não tenham competências para a aprendizagem da matemática".
"É óptimo brincar com a matemática mas a matemática sem o português torna-nos estúpidos. Não consigo entender que este país não acarinhe a língua materna", criticou. Eduardo Sá disse ainda não achar que "mais escola seja melhor escola", criticando os blocos de aulas de 90 minutos porque aulas expositivas daquela duração são "amigas dos défices de atenção". "Acho um escândalo que as crianças comecem a trabalhar às 8h, terminem às 20h e que tenham, entre blocos de 90 minutos, 10 minutos de intervalo. Quanto mais as crianças puderem brincar, mais sucessos escolares têm", defendeu, acrescentando que "os pais estão autorizados a ser vaidosos com os filhos mas proibidos de querer a criarem jovens tecnocratas de fraldas". "Devia ser proibido que as crianças saíssem do jardim de infância a saber ler e escrever", advertiu. A terminar, defendeu ser possível "ter sucesso escolar" e "gostar da escola". "Tenho esperança que um dia as crianças queiram fugiR para a escola", concluiu.
Ilustrações: Autoria do Soba
Mussendo: Conto de raiz popular, missiva em forma de mukanda (carta) do Kimbundo de Angola (N´gola), Comunicado.
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