FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
Por
T´Chingange
Para entender o porquê daqueles luso-brasileiros abandonarem o Brasil aventurando-se em terras ainda desconhecidas de África, teremos de regressar aos dias negros do Recife, Dezembro de 1847, em que arruaceiros espancam pelas ruas da cidade quantos portugueses encontram. As turbas amotinadas, gritam «mata marinheiros» e «não escape um só», entravam desenfreadas nos estabelecimentos comerciais, casas, a ferir e a matar, arrastando os cadáveres pela via pública. Certos partidos brasileiros após o grito do Ipiranga, o Fico de D. Pedro filho de D. João VI e a proclamação da independência em 1822, exigiam a expulsão dos portugueses do Império. Os portugueses de Pernambuco não se sentiam seguro
Bernardino, exilado em Pernambuco, no então Império do Brasil, foi o mentor desta primeira colónia agrícola de povoadores portugueses. As políticas de povoamento das possessões portuguesas de África estavam a ser implementadas pelo Ministério das Colónias, uma iniciativa do Barão de Mossâmedes, José de Almeida e Vasconcelos, um militar que tinha sido Governador-Geral da "Província de Angola" nos finais do século XVIII. Bernardino, que jurara fidelidade a D. Miguel, militou como tenente caçador na guerra civil entre 1826 e 1834. Nesta guerra civil, Bernardino seguia os ideais absolutistas de D. Miguel contra o exército liberal de D. Pedro IV, que veio a perder. A convenção de Évora Monte a 26 de Maio de 1834 confirmava a derrota de D. Miguel pelo que o exército deste, teve que passar à disponibilidade do exército regular do reino constituído.
Remexido, foi um militar desmobilizado deste exército que não aceitando submissão, enveredou pela guerrilha nas serras do Algarve. Bernardino que continuou fiel à causa que defendia, passou à clandestinidade, faz-se jornalista e colabora no jornal clandestino "Portugal Velho", até embarcar para Recife a 1 de Junho de 1834 com 25 anos. É desta forma que Bernardino surge exilado em Recife. Sua história é recontada, para melhor conhecermos sua personalidade de líder, seus ideais e fidelidade às suas convicções políticas. Em Recife renuncia a toda a actividade política dedicando-se ao ensino de História, Geografia e Latim, no Colégio Pernambucano; alem de professor, escreve livros de carácter didáctico até formar a colónia expedicionária de Mossâmedes. Na terra que fundou, actual Namibe, nada consta de sua vida. Referimo-la aqui, como protesto à omissão de tal edilidade (Dezembro de 2012).
Referência Bibliográfica parcial: Uma fazenda em África de João Pedro Marques
(Continua…)
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