ANGOLA - “antigas manobras de diversão”
Luua e Petolândia - 1ª de 2 partes
AS ESCOLHAS DO KIMBO
Um belo dia, no maculusso da Luua, para ajudar um Povo a ser mais digno e respeitado, um grupo de iluminados, resolveu criar um Partido a que chamaram de Popular. Na Putolândia, do outro lado do mar, outros iluminados claros, vindos da esquerda, um místico lado ruim, surgiram para dar mais luz aos outros escuros iluminados. Fizeram isso durante anos. Os populares queriam criar uma Nação, os outros gnomos, terminar com o Império fascista. Lentamente foi-se introduzindo entre a gente nova da Luua e Putolândia a ideia, de que os iluminados do governo mais claros eram exploradores, ladrões e tudo de quanto menos bom se possa imaginar além de fascistas. Os bons da Luua, os justos libertadores, iriam acabar com a miséria, dividir a terra por aqueles que nunca tinham tido nada: o Povo.
Os novos iluminados revolucionários claros, do puto, criaram métodos de susto, fizeram muitas manobras de diversão; a Luua era um teatro de guerra para criar o medo, o boato e num confrangedor abandono, falta de autoridade e segurança. Libertaram todos quantos quisessem fugir daquele teatro fabricado, meio dantesco. A toda a gente, exploradores e afins, designados de colonos, ofereceram uma viagem sem retorno para a Putolândia. Dos muitos repentes de cobardia e abandono, deu origem a uma fuga a que se chamou de ponte aérea via Luua - Puto. E veio o grito da “vitória é certa” de Agostinho, libertador dos N´golas, um medíocre poeta e guerrilheiro que de punho fechado incitava: “a luta contínua”. Depois, a guerra cruel de muitos anos; aos regressados à Putolândia chamaram de retornados. Na Luua, a imensa multidão do mato, veio ocupar toda a cidade, todos os cantos, todo o lugar onde havia um espaço para criar habitação, dentro dos limites antigos deixados pelos “colonos”; a descolonização em curso, mais tarde, para fora desses limites urbanos. Luanda era a cidade que mais crescia no mundo, em população. A cidade começou a chamar a atenção de olhos atentos a novas oportunidades.
Muitos dos iluminados da Putolândia pós abrilada, correram para a Luua numa solidariedade revolucionária dum tal processo de revolução em curso (PREC). Não foram para aquilo que chamavam de "Frente da batalha"… não! Isso de carne parta canhão era para o Povo de N´gola: que primeiro tinham que ser Combatentes e, se não tombassem, então seriam heróis passando a viver na abundância, uma dignidade fabricada. Tudo muito bem visto e pensado, os iluminados, agora mwangolés, perceberam que os Capitalistas, da Putolândia até os podiam ajudar naquela luta popular, e acertaram, ajudaram-se uns aos outros até eliminarem Savimbi.
Glossário: N´guzo: - força, destreza (quimbundo)
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