DESANOITECI EM ZANZIBAR - VIII
Verdade ficcionada
Por
T´Chingange
Boyona Falls
Envolto em quentura húmida, balouçava ritmadamente ao som surdo das quedas de água. Apreciando o arco-íris quase permanente, bem por cima das cataratas Boyoma, dava chupadas divagadas em meu cachimbo de marfim feito de osso de corno. Apreciando os deliciosos biscoitos entre goles de uma bolunga feita por Charllôtte, empolgava-me no conforto de pai branco anafado de gordo e rodeado de muitos e leais serviçais. Kabila Kasavubu que zelava pelos cacaueiros era em bom dizer o feitor geral, mustafá T´shiluba que antes tomava conta da borracha, já mais-velho, tomava agora conta da granja, limpeza do terreiro, animais de estimação e galináceos; a mucamba Charllôtte ordenava as coisas da casa orientando a gente no amanho da casa grande e dirigia a cozinha no maior zelo.
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Eu, tomava as minhas precauções contra as muitas maleitas da região e religiosamente zelava da manutenção do meu físico tomando os minerais e vitaminas adequadas para precaver infortúnios; Para a próstata tomava todos os dias uma colher com farinha de pevide de abóbora, para os ossos bebia diáriamente um copo com cloreto de magnésio, comia abacate para regular os triglicéridos e efeitos degenerativos, água com a baba de quiabos para regular o açúcar e muitos chás com ervas e cascas que o kimbanda Good Lukuga raizeiro, me fornecia amiudadamente. O paludismo era tratado com umas folhas de árvore que ficava a macerar uns dias e eram depois pisadas com casca de ovo de avestruz; O kimbanda Good observara que os animais doentes bebiam água nas lagoas onde essa árvore se encontrava. Mais tarde confirmou-se que as folhas daquela tal árvore Cinchona tinham muito quinino em sua seiva e, por isso o milongo tinha funções antitérmicas, antimaláricas e analgésicas. Ele dava-me periodicamente um pó dizendo que aquilo era para eu durar sempre; vim a saber ser bicarbonato de sódio e usado com frequência elimina as células cancerígenas. Como é que aquele Good sabia que este milongo inibia as metástases do bicho câncer.
Pensava agora na proposta de meu amigo mustafá Joshua Naili de Kisangani. Sugeriu-me que fizesse uma salga de peixe do rio Lualaba, pois que ele tinha muita procura em sua rede de lojas do interior do Congo; além do mais havia aqui, bagres muito apreciados na região a sul de Matadi. Eu, só teria de montar estruturas, armações de paus, escalar o peixe, colocar o sal e deixar passar uns quatro dias de sol. Os de Matadi e das regiões do Songo, Fiotes e Kiocos, gostavam de fazer um prato com óleo de palma a que chamavam de kalulu e mezungué. Para me convencer falou de espécies tais como o Alestidae (tetras Africano), Mochokidae (bagres squeaker) e Cichlidae (ciclídeos). Destes o mais procurado era o peixe-tigre-golia que feito em postas dava óptimas caldeiradas. Ainda estou pensando.
O Soba T´Chingange
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