Águas de São Francisco
Pelo
SOBA T´CHINGANGE
Visita de Tilinha Gralha e Zé Calado
Contradições de pequenas coisas da vida. Zé Luís Gralha Calado é filho deste casal que numa altura de Páscoa visitaram seus vizinhos do Puto; eu e minha mulher, aqui auto exilados por causa da VIA CRISIS. Zé Luís, deu mais para Calado que Gralha e, enquanto Calado pai fala pelos cotovelos, Gralha sua mãe distribui risos contínuos a um qualquer comentário. Num desses dias de férias levei-os ao Rio São Francisco. Feito cicerone fui-lhes dizendo que por ali perto, em Cururipe, o primeiro bispo do Brasil, de nome Sardinha, após um naufrágio, foi comido pelos índios caetés; estes fizeram uma grande farra e, em um grande panelão de barro fizeram uma caldeirada. Dos resquícios escritos que perduraram no tempo fala-se de uma churrascada magna. Entre os risos ininterruptos de Tilinha, fui esclarecendo que ainda hoje naquela paróquia, todos pagam um laudémio por tal atitude desaforada.
Chegados a Piaçabuçu, pequena cidade de Alagoas a qual passávamos com destino ao São Francisco, percebermos que nos havíamos desviado da rota, então parando, um rapaz (nativo alto), em uma moto do lado de Zé Calado, perguntou-nos se precisávamos de alguma informação. Todos nós ficamos apreensivos para não dizer assustados. Dissemos que procurávamos a saída para Penedo. Então seguindo suas instruções, rapidamente estávamos na sinuosa estrada; fiquei ainda um tempo olhando para os lados e para trás, temendo que o rapaz de repente aparecesse.
Caricatura do Bispo feita por seus pares de Roma
Já em Penedo tivemos um problema no veículo, ao tentar ingressar na fila da balsa, na qual faríamos a travessia do “Velho Chico”. Usando o declive da rampa que dá para o cais o carro funcionou “Graças a Deus”, que Zé repetiu marafado e, sem grande crença, uma forma dele falar. Saímos à procura de um electricista; encontrando-o, deparamos provavelmente com o dono e um ajudante mexendo numa camioneta, com o proprietário observando ao lado. Com certo receio, interrompi os afazeres daqueles homens relatando o ocorrido; de imediato estavam os três em volta do veículo. O que parecia ser o técnico, disse que deveria ser a crosta formada na conexão do cabo com a bateria; acto contínuo, dando algumas pancadas com uma chave, derramava dela um líquido, até ficar limpa. Após aquelas intervenções, testando, fiz várias ligações de chave. Estava tudo bem! O electricista, sem cobrar nada, apenas disse que não teríamos mais problemas, pois o liquido derramado era água do São Francisco.
O Soba T´Chingange
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