AS ESCOLHAS DO KIMBO
ANGOLA – Riqueza, é um luxo para poucos! . II
Por
ISOMAR PEDRO GOMES – Natural de Malange, estudou em UNISA - University of South Africa; reside em Benguela.
Desmobilizado, em 1991, por força dos Acordos de Bicesse, foi entregue à sua sorte. Hoje é um homem amargurado, frustrado. Atirado para as sarjetas do desemprego, sem apoios da Caixa Social das Forças Armadas Angolanas (FAA) ou de uma outra instituição castrense, lamenta a sua sina, assim como de milhares de ex-companheiros de farda.
As então, gerações de jovens africanos instruídos pelas instituições da administração colonial organizaram-se politicamente e fizeram soar a acusação de que os Europeus estavam a sugar as riquezas do solo pátrio em benefício exclusivo das nações colonizadoras, desconsiderando totalmente os interesses dos nativos e das colónias, transformando os autóctones em miseráveis na sua própria terra; “eles vieram com a Bíblia, nós tínhamos as terras, no fim eles ficaram com as terras e nós com a Bíblia” disse Robert Mugabe, nacionalista e guia da libertação do Zimbabwe.
Jomo Keniata
Organizaram-se contra o invasor, protestos, revoltas, guerras, chacinas, a história regista que o movimento e actuação dos ‘mau-mau’ liderado pelo indomável Jomo Keniata, foi um dos mais cruéis de África e o que chamou a atenção da comunidade internacional, para a necessidade da urgente descolonização do continente negro. Claro a violência gera violência, os resultados hoje fazem parte da história. A resposta colonial a violência nacionalista africana, sempre foi comedida, por exemplo, se a força policial Portuguesa no 4 de Fevereiro e posteriormente no 12 de Março de 1961, correspondessem com o mesmo demonismo com que o MPLA ‘respondeu’ ao chamado Fraccionismo do 27 de Maio 1977, muitos dos actuais dirigentes, não existiriam, e provavelmente não haveria movimentos de libertação, durante muito tempo.
Passado cerca de meio século, que a maioria dos países Africanos ‘arrancaram’ na ponta da espingarda a independência das potências colonizadoras (seguindo a lição do camarada Mao Tsé-Tung), se fizermos o balanço, quais foram os ganhos que os respectivos países e povos obtiveram, poucos são os Países Africanos que diremos, saíram indiscutivelmente a ganhar. “Quando é que a independência afinal vai acabar?”- Indagou desesperado/desapontado um septuagenário angolano nos idos anos 78-80, fatigadíssimo da guerra estúpida, de tanta crueldade e injustiça praticada pelos seus patrícios (do regime e da oposição), denominados de nacionalistas de primeira água.
MUJIMBO: Boato em Kimbundo; Anda de boca em boca; comenta-se em surdina.
(Continua…)
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