AS ESCOLHAS KIMBO
CABINDA – Protectorado Português . 2ª de 2 Partes
Por
Rui Neumann
O vice-presidente da resistência defende o direito à autodeterminação de Cabinda como solução para o conflito. No caso de um referendo, Alexandre Tati afirma que a FLEC está aberta a todas as opções e aceitaria as possibilidades, serem inscritas na consulta popular, de «anexação, autonomia, independência, federação...» A questão de um referendo em Cabinda levanta a velha questão de «quem é ou não Cabinda?». Para o vice-presidente da FLEC «Cabinda é todo aquele, sem qualquer descriminação, que nasceu em Cabinda, filho de pai ou mãe natural de Cabinda, ou qualquer estrangeiro que viveu mais de 10 anos consecutivos em Cabinda. Há angolanos que vivem em Cabinda há mais de 20 anos, esses também poderiam votar» e sublinha: «O povo de Cabinda não tem problemas com o povo angolano, tem com o Governo angolano que ocupa militarmente o nosso país.»
Questionado se aceitaria uma «autonomia» para Cabinda, Alexandre Tati responde: «A minha opinião pessoal não conta. O que conta é a opinião do povo.» Em reacção ao resultado eleitoral de 5 de Setembro que deu uma esmagadora vitória ao MPLA, Alexandre Tati «felicitou o povo de Cabinda» pela «abstenção e por ter respondido positivamente ao apelo da FLEC de boicote geral. Foi um teste ao patriotismo da população» afirma. Considera que «as eleições não foram livres» e nas regiões do interior do enclave a maior parte da população não se inscrevera nas listas eleitorais.
Segundo o mesmo responsável durante as eleições muitos populares foram intimidados a votar sob ameaça de armas e outros ameaçados de perderem o emprego caso se abstivessem. Reconhece todavia que houve maior participação que em 1992 mas que votaram principalmente estrangeiros que se deslocaram expressamente dos dois Congos, as forças militares e os funcionários. Para Alexandre Tati a vitória do MPLA «não altera nada», e a FLEC vai continuar luta armada: «Angola continua a impor-nos esta guerra através da ocupação e da falta de diálogo». «Uma guerra pequena ou grande é sempre um conflito. Daí que comunidade internacional deveria prestar mais atenção ao conflito em Cabinda e influenciar as duas partes a encontrem uma solução» e sublinha que «a riqueza natural mais valiosa de Cabinda, não é o petróleo, mas sim a vida dos homens».
KAZUMBI: Feitiço; pouca sorte; coisas de kazucuta (malabaristas, pais de santo e mwangolés); macumba obscura.
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