FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
“Bom Conselho ” – Viagem à Caatinga . 1ª de 2 Partes
Por
Konde do Grafanil*
Tendo eu ido ao Brasil, nomeadamente a Maceio, Praia do Francês, tive o privilégio através do Soba do Kimbo, ali residente há algum tempo, de conhecer um pouco do interior do sertão do Nordeste, zona fustigada pela falta da chuva nestes últimos dois anos. A condizer com o aprazível nome de Bom Conselho, vi esta cidadezinha acolhedora situada a poucos quilómetros de Garanhuns, terra natal de Lula. Esta ida a terras ao além agreste veio na sequência de uma proposta feita pelo soba: se queria ir ali a um casamento; aceitei sem hesitar por via da minha veia aventureira e, logo pela manha duma sexta-feira, partimos rumo a Bom Conselho; Eu, soba e esposa e um irmão da noiva, ainda jovem com a alcunha de Dôcas. Escassos quilómetros além de Palmeira dos Índios e no desvio para o estado de Pernambuco paramos a fim de verter águas e tomar o café-da-manha à beira da estrada. E, repimpamo-nos com bode grelhado, macaxeira, suco, cerveja, arroz e outras iguarias.
Chegados ao destino por volta das 11 horas, dirigimo-nos ao hotel Raízes, local já conhecido do casal T´Chingange, reservamos quartos para 3 noites e fomos de seguida almoçar no restaurante do Léo, também já conhecido deles; no self-service, abastecemos os pratos, pesamos, trouxemos para a mesa onde nos foi servido as bebidas com café no final; Para meu espanto, fui surpreendido com duas pancadinhas nas costas por alguém que ali passou junta à mesa que em andamento e num tom de convite disse-me serem 25 reais; A nutrida cafetina apercebendo-se da minha solidão dispunha-se a curtir comigo a visão dum arco-íris resplandecente com cactos de candelabro ao som do pio do carcará mas, os bons costumes deram-me para ignorar tal perspicácia. Seguidamente, tiramos uma fotos junto à igreja matriz e subimos ao cimo do morro para visitar a capela de Santa Teresinha. Daqui, divisamos a cidade, o vale e os montes mais distantes deslumbrantes pela sua característica sertaneja da caatinga. Já na povoação, enquanto a esposa do soba foi ao mercadinho do adro aviar-se, eu e soba mantivemo- nos esperando no carro.
Eu estava a comprimidos derivado de um desarranjo intestinal, resquícios de sururu da lagoa Mundaú e, … foi nesse entretanto que as cólicas apertaram e, de tal modo que me vi forçado a pedir que me levasse ao hotel, não muito longe dali; arrancamos de imediato e acelerados para evitar consequências, contudo, a escassos metros surge uma lombada logo a seguir ao restaurante do Léo e, aí é que foi, como íamos acelerados levantei cuspido do acento na lombada e rompeu-se o saco do agora. Borrei-me!!!! Já fedendo a sururu com bode do agreste dirigimo-nos para o hotel Raízes, muito embora tivesse libertado parcialmente a fedorenta carga. O soba, foi num rápidamente ao hotel pegar a chave e, de seguida subi a correr para o quarto, de cu apertado e chapéu tapando o sim-senhor foi o lindo e bonito, chuveirada para cima.
* Konde do Grafanil : José Viegas, Rei de Manikongo aposentado por opção própria. Portador dos zingarelhos, da pele de cabra, dos N´zimbos e búzios da Luua. Senhor dos cabaços do Cunhamgâmua. Fundador e alto mandatário do Kimbo na Globália.
Relator
O Soba T´Chingange
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