MODÉSTIA RESTOLHADA. A minha lenda . I
Por
T´Chingange
T´XIPALA: - Fotografia, cara, rosto, personalidade, carácter
Ensinando-me em normas de modéstia restolhadas, com ternura de amor, venço com generosidade e por graça de meus guias os obstáculos do pensamento. Num condimento sem água benta, xaropes malcheirosos, ou agulhas de acupuntura a modos de parecer um zumbi, daqueles de lançar feromonas de crenças de kinguila e, salpicadas de pústulas. Como presença constante trago com suavidade, a imagem de minha avó Topeta de nome e, adjectivadas alcunhas aos restos de minha vida. Ela, era uma senhora alta, rosto, olhos, e testa larga e alta quase sempre tapada com um lenço colorido comprado na feira de São Mateus de Viseu; também usava um vestido de luto escuro às bolinhas brancas em memória de seu marido e meu avô já “a fazer tijolo” há muitos anos.
Este avô materno de nome António Loureiro, deu-me demasiadas nuances ao quebra-cabeças de minha vida semeando em mim nebulosas visões; tendo ido para o Brasil abarrigou-se com uma escaldante mulher de tez morena ao qual fez duas filhas e, após muitos anos de folguedos carnavalescos, voltou tísico para se defuntar num repentemente, sem falar com os anjos certos ou meter cunhas no sanatório do Caramulo. Quem não se lembra desses tempos ainda recentes de gente com tuberculose que se juntava nos largos das termas e praças públicas cuspindo escarretas de todas as cores para a calçada; dos velhos com cajados de marmeleiro contando bazófias de encruzilhadas do Zé do Telhado e da Maria da Fonte e, até os hospitais desse tempo tinham bacias próprias para com o produto cuspo, fazerem grafites coloridas de nojice. Jesus, credo!
Tudo aquilo do passado e fazendo parte do meu genes, surge amiudadamente na imagem e, sempre, sempre, bulindo, vejo a minha avô sentada no adro da igreja como uma amarelecida foto já sarapintada de bufas calcinadas de moscas pré-colombianas; que ria com os dentes todos parecendo sacholas brancas mordendo o ar e seu xaile em tons escuros, tapando os tornozelos. Nesse local de fartas e largas vistas as oliveiras salpicam os lameiros próximos e mais longe e muito longe pode-se imaginar o maninho com giestas, rosmaninho, urzes e carvalhos bordeando cerdeiras e manchas verdes de muitos pinheiros; por detrás de tudo isto e envolto na neblina do vale do rio Dão, vê-se os cumes brancos de neve da Serra da estrela.
(Continua…)
O Soba T´Chingange
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