LUFADA DE SUSPIROS ... Cidadão genérico - VII
Por
T´XIPALA: - Fotografia, cara, rosto, personalidade, carácter
Neste mundo confuso, serei sempre um genérico cidadão ou um sem-terra por não me poder definir como genuíno nessa escolha; assumidamente, não pertenço a lugar nenhum. A minha terra biológica deixou-me ao deus-dará e, até meus sonhos penalizam o recordar dos tempos em que a vida se expressava com fluida vivacidade fazendo dela no agora, uma miragem. Na noite passada entrei numa toca grande mais parecendo uma galeria de mina abandonada e, vendo sair dum buraco lateral uma nuvem de pó para ali me dirigi e, foi de lança em riste que piquei de morte um lobo zombando de mim, deu um uivo esquisito e por ali ficou banhando-se no próprio sangue. Nesse instante, apercebendo-me de algo estranho atrás de mim, virando-me, deparei comigo mesmo, uma imagem nítida de quando rapazola, usava calças com um cinto de fivela enorme.
Assim como uma foto amarelecida no tempo, estava pontilhado de minúsculos pontos, cagadelas de mosca de sexo indefinido. O penteado com o risco ao meio parecia ter brilhantina de óleo de cedro, daquele que faz brilhar as madeiras dos imóveis mas, eu não era nenhuma escultura de pinho nem de pedra e nem vi caruncho ou salalé enfarinhando vestimentas ao seu redor. Não é normal lembrar-me dos sonhos mas este ficou grudado na testa ou no templo da alma, esse olho do além que paira nas cúpulas das catedrais ou na verde nota de um dólar. De forma inquieta registo aqui o acontecido místico para não ficar olvidado nesse difuso espaço da imortalidade, isso: esse lugar de parte incerta enublado de suave cacimbo. Tudo isto sucedeu no sítio de São Miguel dos Milagres, no lugar de martoke.
Os peixes-bois, vacas-marinhas ou manatis constituem uma designação comum aos mamíferos aquáticos. Possuem um grande corpo arredondado, com aspecto semelhante ao das morsas. Wikipédia
Durante o dia comprometido a pertencer a um qualquer lugar visitei o Porto da Pedra, cidadezinha costeira perdida entre muitos pontos do Brasil, caserio despintado a escorregar pobreza nas ladeiras da serra do mar para o rio Manguaba; É neste rio e no vizinho Tatuamunha que habita o mamífero “peixe-boi”. No decorrer de milénios os animais adaptaram-se às alterações ambientais, uns criaram guelras e outros no lugar de barbatanas ganharam pernas de forma a subir às árvores ribeirinhas e recolher seus frutos. O peixe-boi será no Brasil, comparado ao hipopótamo, só que sem pernas e sem necessidade de espargir merda para marcar o seu território. Os biólogos registam os traumas e suas origens não se comprometendo com a origem na criação do mundo evaporando sua generosidade num omnipresente se Deus-quizer. Enfim, seja isso mesmo, o que Deus-quizer.
(Continua…)
O Soba T´Chingange
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
ANGOLA - BRASIL
KITANDA
ANGOLA MEDUSAS
morrodamaianga
NOTICIAS ANGOLA (Tempo Real)
PÁGINA UM
PULULU
BIMBE
COMPILAÇÃO DE FOTOS
MOÇAMBIQUE
MUKANDAS DO MONTE ESTORIL
À MARGEM
PENSAR E FALAR ANGOLA