XICARA DE CAFÉ ... Giboiando na rede.
Por
T´Chingange
Com uma xícara de café fumegante tento a maneira de enganar o tempo a fim de não sucumbir à solidão. Cativeiro de meus espaços e rodeado de samambaias, troco ideias com meus obstinados e silenciosos abismos na perspectiva de dali extrair ausentes sentimentos. No intuito de mostrar o que ninguém viu antes, despojo intuídas ideias preconcebidas no dito de que “só vemos o que queremos ver”. Comecei a averiguar obsessivamente os segredos de estado e, entre grossas curiosidades sufoquei o meu espírito num estreito: conclui que muita gente inteligente não rouba por vício ou por necessidade mas pelo mau hábito de querer ser rico, dono da vaidade deles e senhor das alheias.
Embora preferisse uma guerra declarada aos meus obstinados silêncios trato com cortesia as reticências do meu envergonhado orgulho, erigindo uma muralha à volta de estabelecidos conceitos tidos como certos. Deixando de lado minha personalidade para sonhar com um paraíso, humilho-me deliberadamente para driblar-me em golpes de liberdade; com recursos à imaginação, combato assim, o tédio das horas que sempre sobram.
Estou por isso, balouçando a languidez na forma de jiboiar rede, coisa bastante parecida com a preguiça, desperdiçando-me num impertinente alheamento a esse mercenário mundo literário. Cosendo disfarces, ensaio previsíveis alegorias sobre os vícios e infortúnios do passado construindo castelos com paus de fósforos. Amorfos que logo queimo por masoquismo, na fricção do ar. Dia após dia, escrevo argumentos de cozer pálpebras à paixão, continuando sempre igual, como sempre o foi.
Monangamba - trabalhador sem especificação, faz-de-tudo (por vezes pejorativo).
O Soba T´Chingange
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