ANO DA CORAL ... Coral é uma cobra venenosa, tambulaconta.
MALAMBA: É a palavra.
Por
T´Chingange
No dia um de Janeiro de 2014 e no meu sítio do paraíso faz-de-conta, tive de matar uma cobra coral que me entrou em casa, propriamente no salão ao nível do jardim exterior. Fizeram umas queimadas em terrenos baldios e, isso obrigou a bicharada rastejante a procurar outros abrigos. Das 61 espécies conhecidas, esta cobra peçonhenta que matei de sessenta centímetros é da família Elapidae; é uma cobra que não ataca o ser humano a menos que seja molestada e, em caso de mordedura, pode causar a morte de uma pessoa se o soro não for aplicado em tempo. Esta cobra tem olhos pequenos e seu corpo é coberto por escamas com desenhos de anéis, nas cores preto, branco, vermelho chegando a ter 2 metros de comprimento. Habitam no sul da África e Ásia, Austrália, América do Sul e Central, no Sudoeste dos Estados Unidos da América e no meu paraíso do Nordeste Brasileiro.
Neste sossego de paraíso, a trinta e dois graus de temperatura, balouçando na rede de jiboiar, dou-me conta do quanto me abrasileirei nos fogosos temperos de azeite de dendê, das moquecas escandecentes, dos cheiros fortes da carne de sol, charque e peixe-seco. Espreguiçando-me na precária aposentadoria que do puto me tolda o gozo em vida, desterro-me em derradeiras lágrimas de saudade do tempo em que era um puto na Luua. Com os restritos saldos de felicidade, perfumo-me nas quióngas com meus kambas, chupando múkua e mirangolos com falas aromáticas, ora sopradas das anharas do sul com sonhos de estremo arpejo, ora riscadas na ponta de meu lápis periclitante.
No meio de grandes silêncios, contento-me com os suspiros, fazendo grandes caminhadas com o chapéu-à-ré para protelar revoltas contra os rigores da sorte, ruminando kapiangos (roubos), embrutecendo assim o aborrecimento num fartum de esturrinho com cinza molhada. Com a preocupação de registar a sordidez dos vícios humanos retrato-me com a possível naturalidade deslavando muitas mazelas do meu quinhão, daqueles do tempo em que acreditava que aquela mancha da lua era um homem bom carregando silvas amanhadas de kibabus (afagos) de seu quintal; mussendos contados por minha mãe Arminda
O Soba T´Chingangep
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
ANGOLA - BRASIL
KITANDA
ANGOLA MEDUSAS
morrodamaianga
NOTICIAS ANGOLA (Tempo Real)
PÁGINA UM
PULULU
BIMBE
COMPILAÇÃO DE FOTOS
MOÇAMBIQUE
MUKANDAS DO MONTE ESTORIL
À MARGEM
PENSAR E FALAR ANGOLA