CONHECER LAGOA . IV
A ORLA COSTEIRA . As Gaivotas e os Algares
As gaivota, são as aves que mais se encontram ao longo da recortada costa cársica de Lagoa. Alimentam-se práticamente de tudo e, até dos desperdícios que o homem produz aumentando tanto a sua população que se torna um problema para as demais espécies; desputam não só alimentos como também os locais de nidificação.
Em meados de Abril pode vêr-se os movimentos agitados das gaivotas-argênteas que nidificam numa qualquer concavidade das arribas. Após um mês da postura dos 2 ou 3 ovo, pode vêr-se os primeiros desajeitados voos das gaivotas juvenis na procura de alimentos. Com o correr do tempo vão ficando com uma plumagem acinzentada no dorso e asas e, branco no resto do corpo.
É desta forma que se vê o Algarve em voos de gaivota a partir de Maio; quando o sol de Agosto está a pino, queima, e o vento está quedo; o branco encandeia e a sombra refrescante é cubiçada em todo o sítio aonde esta se projecta.
Esperimentando vistas nova, vê-se a redondez do infinito lá no topo da falésia e os cuidados são necessários porque, dissimuladamente encontra-se um buraco a que se chama algar que desce para a gruta aonde a vista não alcança; O terreno pedregoso torna-se perigoso no rebordo da falésia ou os buracos tapados pela vegetação dos algares. Nem todos estão resguradados e a ousadia ou curiosidade, podem ser infurtúnios dum segundo sem ultimatum.
A tensão das pessoas oriundas de Lisboa, Porto e arredores transborda dos limites e na forma de buzina, gritos ou e, as vezes pancadaria. São atropelos na praia, no super mercado, na padaria. As gentes tentam apanhar todo o sol no mais curto espaço de tempo, sempre correndo... Aqueles dias têm de ser aproveitados ao máximo, correm de manha a pôr o físico em forma, correm para a praia a torrar, esgotam as noites no barulho infernal de uma qualquer discoteca, embebedam-se de álcool e fumo. Aqueles dias são o máximo... Aquela garota, o musculoso do lado, enfim...
E, ali está a gruta fresca com cavernas e um recanto de pirata com predadores desconhecidos; a adrenalina provoca a ousadia e surgem batidas de asas, o susto e, lá se vai o repouso do morcego cavernícola que por ali fica de dia repousando ao abrigo de predadores.
O guano desses morcegos dão vida a um sem fim de insectos, aranhas e bichos rastejantes como a lagartixa; forma-se aqui um ecossistema favorecido pela temperatura.
Os sons de alta frequência emitido pelos morcegos não são perceptiveis pelo homem, mas estes mamiferos voadores consomem por noite metado do seu corpo em insectos, eliminando assim uma grande parte dos mosquitos, moscas e outras pragas voadoras que perturbam a vida do quintal, da assada e do convivio morno dos verões da varanda e rede de balanço.
A felicidade aqui acontece fruto do tempo e do desejo.
Naquela gruta que parece uma catedral, rematei cruzes de pedra numa cerimónia de apresentação a todos as vidas dispostas a suportar quilates de vontade.
Mas eis que chega o Setembro e volta tudo ao dia a dia mais normal, até que....
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