FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
Na rota dos escravos . contributo à história
Durante todo o século XVIII e por via da intensificação da procura de escravos, os negociantes da Bahia no Brasil, decidiram construir uma fortaleza em Ajudá, actual Benim. Joseph de Torres por ter boas relações com ingleses e franceses que actuavam na costa entre Fortaleza do ceará e Porto Seguro mais a Sul, foi o encarregado da construção do forte de nossa Senhora do Monte do Carmo. O financiamento da obra veio de um imposto cobrado pelos próprios negreiros incidindo sobre o número de escravos negros desembarcados no porto de São Salvador da Bahia.
Este forte, permitiu aos traficantes firmarem alianças com os reinos africanos fornecedores de “peças escravas” e, foi a partir daqui que alguns nobres tribais de África passaram como embaixadores, a estudar em colégios religiosos da Bahia; enquanto isto, em Ajudá, permaneciam funcionários permanentes que regularizavam o fornecimento de escravos. O planeamento e controlo por parte desta organização, permitia influir na região da costa da Mina, originando mesmo casamentos de interesse para consolidar as relações de bom comércio.
MAPA DA COSTA AFRICANA
Os navios saiam de Salvador com tabaco, búzios (N´Zimbos) e aguardente que trocavam no forte de Ajudá. A maior parte dessas mercadorias eram produtos europeus ali desembarcados por holandeses e ingleses.
Uma vez que a coroa portuguesa não permitia que navios “brasileiros” transportassem produtos europeus, recorriam ao contrabando corrompendo zeladores e fiscais sendo a restante carga de volta trocada por “peças” ampliando assim os altos lucros e poder de tráfico.
A mancebia entre escravos negros e índias Aimorés em grande escala, originou uma mistura tal que em pouco tempo o grosso da população de São Salvador era de mulatos e mamelucos.
Os brancos também se uniam a índios na forma de escambo do qual resultava a mestiçagem designada de matutos, galegos, ou pardos. Aos filhos da união entre brancos e negros passaram a chamar de cafuzos, cabritos, mistos ou mulatos.
Quem visitar nos dias de hoje São Salvador, tem a percepção desta mistura naquela raça a que se teve de chamar “o brasileiro”. Os primeiros sociólogos que tinham definido como existindo quatro raças no globo terrestre, tiveram de redefinir o conceito, e muito bem, numa só raça,... a humana.
Fundamentalmente pode dizer-se que o Brasileiro de hoje é mistico pelo lado descendente de África, é astuto pela transmissão dos portugueses e outros europeus e, preguiçoso por parte dos índios que só passaram a conhecer o trabalho após os primeiros contactos com Caramuru e João Ramalho no início do século XVI.
Este forte manteve-se português até o século XX, tendo sido incendiada pelo último residente a mando de Oliveira Salazar; A anexação a Benim foi reconhecida pelo governo Português em 1985
O Soba T´Chingange
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
ANGOLA - BRASIL
KITANDA
ANGOLA MEDUSAS
morrodamaianga
NOTICIAS ANGOLA (Tempo Real)
PÁGINA UM
PULULU
BIMBE
COMPILAÇÃO DE FOTOS
MOÇAMBIQUE
MUKANDAS DO MONTE ESTORIL
À MARGEM
PENSAR E FALAR ANGOLA