FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
Após quase um ano de interrupção, damos agora continuação ao trabalho de Brasil e o Cangaço com o “post nº XII”
A entrada de mulheres no cangaço no grupo de Lampião, foi o início da decadência guerreira destes porque, no decorrer do tempo, este foi sendo cada vez mais sedentário com um óbvio amolecimento da actividade. A partir do momento que Maria Bonita começa a ser parte da vida de Virgulino, este, o guerreiro vingador, baixa a guarda de chefe duro, levando a que um dos seus homens de confiança, conhecido pelo “Balão” afirmasse:
- Homem de batalha, não pode andar com mulher; se ela tem uma relação, perde a oração e, seu corpo fica como uma melancia, “qualquer bala o atravessa”.
Balão, que se chamava Guilherme Alves, entrou já no fim da saga de Lampião, no ano de 1929 e desertou logo após a morte de Virgulino da Silva em 1938.
O último cangaceiro de nome Floro Gomes Novais (1931- 1971) nasceu em Olivença, no estado de Alagoas; fez-se bandido no ano de 1951 para vingar a morte de seu pai. Em 1971, teve morte numa emboscada em Pernambuco terminando com ele a saga dos cangaceiros. Os conhecidos Manuel Prata, José Prata, Faísca e seu lugar-tenente Valderedo Ferreira, trinta e três anos antes, tinham morrido nas grutas de Angico, entre Xingó e Piranhas; o fogo cruzado de armas automáticas, no lusco-fusco matinal e, a mando do capitão João Bezerra puseram o ponto final ao “general vesgo”.
Lampião e Maria bonita no sertão
António Ferreira o irmão mais velho de Virgulino morreu ingloriamente num “sucesso”, uma coisa a que se chamava de acidente, algo que acontece sem desejo ou premeditação de ninguém. Este sucesso aconteceu na fazenda do coronel Ângelo da Gia quando descansavam, jogando cartas; Luiz Pedro que estava sentado na rede levantou-se apoiado no cano do fuzil. Ao levantar-se a arma bateu no chão, destravada, disparou a bala que estava na “agulha” (câmara) apanhando António na trajectória.
Sucesso é isso mesmo, não foi perversidade, não há culpado. Lampião assim entendeu e não retaliou mas, a partir deste acidente não mais permitiu que os cabras transportassem bala na agulha. Deixou crescer o cabelo sem mais os ter cortado; todo o bando assim procedeu em solidariedade com o chefe.
7 .4 - O ATAQUE A MOSSORÓ
Mossoró fica no Rio Grande do Norte, zona pouco conhecida do bando de Lampião pois que não havia no grupo cabras daquela região.
O major Isaías Arruda, proprietário da fazenda Ipoeiras foi quem mais entusiasmou Lampião que, com muita relutância acabou por ceder a tal. O major Isaías foi o mentor e o encarregado de fornecer as munições necessárias para tal empresa.
O major Isaías fez diligências para incluir Massilom Leite, chefe de um outro grupo de cangaceiros por ser grande conhecedor do Estado do Rio Grande do Norte. Lampião com algumas reticências aderiu à inclusão de Massilom e ao projecto.
A 12 de Julho de 1927 pelas 23 horas os sinos e apitos das igrejas e fábricas de Mossoró alertaram os moradores para o ataque eminente do bando de Virgulino.
Naquela noite, centenas de homens enchendo-se de coragem buscaram suas armas, fuzis, revólveres, espingardas de pederneira, arcabuzes de carregar pela boca e tomaram posições; alguns fugiram de trem, outros em barco ou carros com seus respectivos familiares para lugares mais seguros mas, nessa noite nada aconteceu. Já era madrugada, os resistentes voluntários estavam sonolentos e duvidosos quando, chega um pedido de resgate; em troca 400 contos de reis o assalto não se faria.
( Continua....XIII )
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