por DN com agências
Uma das 24 mensagens enviadas a reportar anomalias com o Airbus A330 da Air France indicava que o leme, peça essencial ao seu funcionamento, se partiu em pleno voo. ACTUALIZAÇÃO 15:02
O jornal brasileiro Folha Online (Folha de São Paulo) noticiou hoje que uma das 24 mensagens automáticas que o sistema do Airbus A330 enviou (ver texto abaixo) reporta a quebra do leme da aeronave, uma "peça aerodinâmica essencial para o voo".
Segundo o jornal brasileiro, que falou com pilotos e mecânicos de aviões Airbus, uma rajada de vento muito violenta pode ter feito o leme partir-se. A Folha fez a tradução técnica da primeira mensagem automática emitida pelo avião, segundo a qual o leme "excedeu o limite que poderia mexer, ou seja, quebrou".
O leme fica na cauda das aeronaves e serve para controlar a sua rota e, segundo a Folha, só pode sofrer inclinações de 25% quando viaja até aos 296km/h. À velocidade a que o Airbus A330 viajava, 840 km/h, a capacidade de inclinação baixa substancialmente.
A Folha acrescenta que "há possibilidade de o estabilizador ter sido arrancado".
Segundo o jornal, há duas explicações possíveis para a quebra do leme: a passagem por uma tempestade muito violenta ou um problema que já existisse na estrutura da peça. No entanto, acrescenta o artigo, "há sempre a hipótese de o computador ter falhado e informado incorrectamente o defeito".
O Gabinete de Inquéritos e Análises francês, que está a investigar o que terá acontecido ao voo AF-447, vai dar hoje uma entrevista sobre os novos resultados do inquérito.
Avião enviou 24 mensagens de erro em quatro minutos
O airbus A330 que desapareceu na madrugada de segunda-feira enviou 24 mensagens ACARS (mensagens de anomalias, falhas de sistema ou do painel de instrumentos) entre as 02:10h e as 02:14h (hora de Lisboa), indicou Alain Bouillard, um dos responsáveis pela investigação francesa ao desaparecimento do voo.
A última mensagem que indicava a posição do avião foi transmitida às 02:10h. Uma das mensagens indicava que o piloto automático tinha sido desligado e outras diziam que havia áreas do painel de instrumentos que não funcionavam.
Numa altura em que o exército brasileiro, responsável pelas buscas da aeronave, admitiu já não saber a localização dos destroços, ainda não é possível entender o que aconteceu ao voo AF-447.
Segundo as autoridades brasileiras, em declarações à Folha Online, as correntes marítimas já terão feito com que o material avistado desaparecesse.
Ontem, Ramon Cardoso, do Departamento de Controle do Espaço Aéreo brasileiro, admitiu que nenhum dos destroços recolhidos até então pertencia ao Airbus desaparecido.
Desenvolvimentos de ontem
20:30 Num memorando citado pela Associated Press, que a Air France não quis comentar alegando tratar-se de um documento interno, a empresa diz que está a trocar os tubos de Pitot (instrumento usado para medir a velocidade, criado pelo físico francês Henri Pilot), operação que terminará “nas próximas semanas”.
Uma das teorias para a origem do alegado acidente diz que os tubos que alimentavam os sensores de velocidade do Airbus terão ficado cobertos de gelo, fornecendo dados errados ao computador de bordo e levando a que o avião voasse com a velocidade diferente da recomendada para áreas com mau tempo.
17:44 Um avião da Iberia que no domingo partiu do Rio de Janeiro logo atrás do voo AF-447, desaparecido com 228 pessoas a bordo, e que seguia na mesma rota mudou o seu trajecto original e conseguiu escapar à tempestade que terá causado a queda do Airbus da Air France.
16:36 A Justiça francesa abriu um inquérito judicial contra desconhecidos por "homicídios involuntários", a propósito do desaparecimento do voo AF-447. Um submarino nuclear francês vai procurar caixas negras.
A França vai enviar um submarino nuclear de ataque para participar nas buscas pelas "caixas negras" do avião da Air France desaparecido há cinco dias sobre o oceano Atlântico, anunciou hoje o ministro francês da Defesa, Hervé Morin.
16:30 A Justiça francesa abriu, esta sexta-feira, um inquérito judicial contra desconhecidos por "homicídios involuntários", a propósito do desaparecimento do Airbus A300 que fazia o voo AF-447. O tribunal acrescentou que a Procuradoria de Paris já notificou, via carta, as famílias de cada uma das vítimas sobre este procedimento penal.
15:26 Familiares das vítimas do avião desaparecido no Atlântico da Air France embarcaram hoje para o Recife, em Pernambuco, para acompanhar as buscas realizadas pela Aeronáutica na área onde se pensa que ocorreu o acidente na madrugada da última segunda-feira.
15:15 O director do Departamento de Controlo do Espaço Aéreo brasileiro considerou hoje ser "cada vez mais remota" a possibilidade de encontrar algum sobrevivente do avião da Air France que desapareceu no domingo durante o trajecto Rio de Janeiro-Paris.
15:07 O ministro da Defesa de França, Hervé Morin, afirmou hoje que não está ainda afastada a hipótese de um ataque terrorista ter estado na origem do desaparecimento do voo AF 447.
14:12 Air France anuncia que o voo Rio-Paris da companhia vai ser renumerado, a partir de domingo, passando de 447 para 445.AF-447 passará a designar apenas o voo acidentado.
12:12 A Airbus disse hoje que dará toda a assistência técnica ao inquérito sobre o desaparecimento do avião A330, apesar de a informação disponível ser ainda “extremamente limitada”.
11:03 A Airbus enviou uma recomendação a todos os seus clientes sobre os procedimentos a seguir em caso de incoerências nas velocidades medidas, situação em que, apurou o BEA, o voo AF-447 se encontrava.
10:07 O inquérito ao desaparecimento do voo AF-447 mostra uma "incoerência" nas velocidades fornecidas pelo avião, anunciou hoje o Gabinete de Inquéritos e Análises (BEA), a entidade francesa encarregada do inquérito oficial (veja o texto abaixo)
09:42 A revelação de que os destroços encontrados pela Marinha brasileira no Atlântico não são os do A330 Rio-Paris é uma "má notícia", declarou hoje o secretário de Estado dos transportes francês, Dominique Bussereau.
Destroços encontrados não são do voo AF-447
O tenente-brigadeiro Ramon Cardoso, da marinha brasileira, afirmou ontem à Globo que os objectos recolhidos no oceano não fazem parte do Airbus da Air France que desapareceu no voo Rio-Paris e se terá despenhado no Atlântico.
"Nenhum material do avião foi recolhido", afirmou. "O que nós vimos foram materiais pertencentes a uma aeronave que foram deixados por causa da prioridade de busca de corpos, mas até o momento nenhum pedaço da aeronave foi recuperado."
O militar explicou ainda que a mancha de óleo que tinha sido avistada no mar não pertence a um avião, porque é uma quantidade muito pequena. "A maior probabilidade é que se trate de óleo de navio".
Divulgados os primeiros elementos do inquérito
A Airbus enviou hoje uma recomendação a todos os seus clientes sobre os procedimentos a seguir em caso de incoerências nas velocidades medidas, situação em que o voo AF-447 se encontrava, segundo apurou o Gabinete de Inquéritos e Análises (BEA) que está a investigar as circunstâncias em que ocorreu o acidente.
Durante o voo, o A330 transmitiu uma série de mensagens automáticas sobre o estado do aparelho. A aeronave transmitiu cálculos diferentes e incoerentes sobre a velocidade a que seguia, explicou à AFP um porta-voz do BEA.
Entretanto, o inquérito permitiu confirmar a presença, na proximidade da rota prevista, de fenómenos de tempestade violentos, característicos das regiões equatoriais.
França não exclui hipótese de atentado
O ministro da Defesa de França, Hervé Morin, afirmou hoje que não está ainda afastada a hipótese de um ataque terrorista ter estado na origem do desaparecimento do voo AF 447, quando no domingo ligava o Rio de Janeiro e Paris, com 228 pessoas a bordo.
“Jamais exclui a hipótese de terrorismo. Não há elementos ou pistas que nos permitam corroborar isso, mas o inquérito em curso jamais excluiu essa possibilidade”, afirmou Hervé Morin aos jornalistas.
O ministro disse que não foi informado de quaisquer ameaças contra esse voo da Air France ou uma eventual reivindicação de um ataque, mas lembrou que, “na maior parte dos casos, quando há ataques terroristas a aviões, não há reivindicações”.
Avião que partiu atrás do voo AF-447 desviou-se da tempestade
Um avião da Iberia que no domingo partiu do Rio de Janeiro logo atrás do voo AF-447, desaparecido com 228 pessoas a bordo, e que seguia na mesma rota mudou o seu trajecto original e conseguiu escapar à tempestade que terá causado a queda do Airbus da Air France.
O voo IB6024 ligava o Rio de Janeiro a Madrid, com uma distância de segurança de dez minutos em relação ao avião da Air France, quando o comandante da companhia espanhola decidiu "alterar o programa de voo com desvio de 30 milhas a leste, evitando a turbulência e as fortes descargas eléctricas", revela o relatório da Iberia, citado pela correspondente em Madrid da BBC Brasil.
Segundo a assessoria de imprensa da companhia espanhola, conhecendo antecipadamente as condições meteorológicas, o piloto pediu mais combustível, um decisão considerada normal para este tipo de situações.
Depois de ter alterado a rota, o avião da Iberia não voltou a detectar no seu radar o sinal do voo do AF-447, nem sequer qualquer pedido de socorro. Mas a sua tripulação "acompanhou, pelo sistema de frequência de rádio, as intensas tentativas dos controladores aéreos brasileiros em estabelecerem comunicação com o avião francês".
"As tentativas de comunicação eram repetidas e todos os que estávamos no ar naquele momento notámos que o AF-447 não respondia", afirmou o piloto no relatório, indicando voltou a ouvir os esforços dos controladores aéreos para chegarem ao contacto com o Airbus da Air France quando entrou no espaço aéreo do Senegal, que naquela rota é o primeiro posto de controlo com radar depois do Brasil.
Área de buscas é duas vezes maior que o estado de Perbambuco
Onze aeronaves estão mobilizadas na Base Aérea de Natal e em Fernando Noronha para realizar os trabalhos de busca dos destroços do voo 447. Segundo a Força Aérea brasileira (FAB), outros cinco aviões militares - três C-130 Hérculos da FAB, um P-3 Orion da Força Aérea americana e um Falcon50 da França – partiram de Natal em direcção à àrea de buscas.
Desde que ocorreu o acidente que as buscas prosseguem dia e noite para encontrar os destroços do avião sinistrado e, em especial, as caixas pretas que poderão elucidar o que de facto aconteceu. Durante a noite, os militares da FAB, cujos aviões têm radares e equipamentos de busca por infravermelhos, identificam as áreas onde há destroços e, na manhã seguinte, dois aviões – um francês e um americano – partem para fazer a visualização dos objectos. Até agora nenhum corpo foi localizado, na área que é duas vezes o tamanho do estado de Pernambuco.
Retirado do jornal DN
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