FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
6 km além Marachique - 1ª Parte
Em tempos de Mouros ir de Al-calá a Badajam a pé ou a cavalo seria uma aventura perigosa não só pela inexistência de bons caminhos mas também pelos predadores lobos e homens salteadores que então existiam.
Não, não estamos em terras longínquas do Curdistão; estes eram os topónimos de então e, que agora têm o nomes de Castro da Cola e Beringel.
Castro da Cola que fica não muito longe e a sul de Ourique, desenvolveu-se na bacia de meandros do rio Mira enquanto que Beringel se situa na extensa planície de Beja, tendo a ribeira de figueira a uni-la ao rio Sado.
Na ânsia de satisfazer desejos como um Aladino que busca uma lâmpada mágica e tal como este, também me revi como filho dum alfaiate de nome Mustafá. Como coisa concertada dispus-me a seguir os escritos que não sendo secretos aludem a feitos de magos, feiticeiros ou bruxos.
Desconseguindo fortuna, coçando-me de incertezas aos sons graves de uma melodia sertaneja, procuro acerto de ideias; alado-me em quenturas e vôo para norte fugindo à agitada borda mar Algarvia.
Metido num pego do leito do rio Mira, mergulhado até ao pescoço, quase chafurdando, observo refrescado lá no alto a fortaleza da Cola e a torre da ermida da Senhora do Castro. Mesmo ao lado já sem uso pode admirar-se um moinho de levada que com as suas duas bocas feitas a pedra xistosa espera recuperação ou morte desmoronada.
Vi ali um potencial sitio para se dar a conhecer pedagogia do que era aquele rio em anos longínquos, vida que se desenvolvia com a moagem dos cereais entre os quais o milho; milho que era britado para matar a fome a muita gente.
No labor de muitos ciclos, famílias sobreviveram anos e anos amanhando a terra que agora se vê estéril, quase só com estevas. Nas reminiscências do tempo, torrentes de água vergaram ali o destino aconchegado das gentes do Neolítico até à idade média.
Daquele casa xistosa mais atrás, saíam noutros tempos cheiros fortes de combinações, mezinhas de carqueja, toucinho defumado, rezas e manigâncias impregnadas a manjerico e poejo; como eu imagino aqueles odores intensos!
E,...da figura grande de barranco quando por torrente virava rio!
(continua...2ª parte)
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