FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
2º encontro com JANUÁRIO PIETER - 1º parte
LOUVRE . PARIS
Como uma toupeira, o autocarro entrou ao lado da "Portes des Lions" na "Quai des Tuileries" lado a lado com o rio "La Seine", furou a cave dando voltas até que estacionou nas catacumbas de "autobuses"; Três niveis abaixo da superfície do museu do Louvre saí do autocarro. Teria de subir aos pisos superiores para comer uma refeição ligeira porque o tempo disponível não dava para muito mais. Paris,...sempre a correr.
Saí na rua Rivoli, atravessei-a e, quase em frente, no número 176, tomei assento no Rivoli caffe.
Pedi duas "sand poulet" e uma "bierre de 50 cl". Abocanhei a dita cuja com prazer incomum quando senti no ombro uma mão escaldante. Surpresa minha; ao virar-me deparo com o kota Pieter, o mesmo de Jabelines, filho do Mafulo Lestienne de Luanda.
Saudei-o com a deferência de quem vê pela segunda vez uma assombração kianda e, convidei-o a se sentar.
O kota Pieter desta vez estava muito mais colorido não parecendo o mesmo taciturno senhor do banco de Marne em Loisir. Usava uma gravata sobre camisa liláz destoando dos compridos calções às florinhas num descolorido amarelo práfrentex; a meio da tíbia o atilho vermelho das calças apertavavam os gémeos peludos . Nos pés tinha umas sapatilhas feita às tiras; estas furavam o pneu michelim apertando o dedão aos tornozelos duma forma que só os Massai do Kénia sabem usar. O seu dedão, entre a carne e a unha, via-se exageradamente grande pois que a micose encortiçada entalava-se ali, grosseiramente. Aquele era o verdadeiro pé dum leão da anhara feito gente de Massai-Mara com trezentos e oitenta e quatro anos.
Pieter vinha visitar o museu do Louvre pois estava na peúgada de uma remota informação quase fidedigna de que alí iria encontrar um quadro de largas vistas estando seu pai Lestienne nessa composição bucólica; Era um conjunto de serviçais que faziam os preparos preliminares às caçadas dos veados, tomavam conta dos cães e dispunham bancos junto às cavalgaduras para que as damas repletas de saiotes podessem pular de lado e, assim se segurarem à cilha do quadupede.
Esse alguém fidedigno informou-o que seu pai, o françês de olho azul do "Pays des Landes" durante algum tempo esteve às ordens do rei Luiz qualquer coisa e, nessa tela podia lêr-se o nome da terra em uma placa, "Bonneval, du bois de chievre,Vallee du Loir".
Interessante, o kota Pieter referia-se a um sítio por onde eu, nos próximos dias, iria passar.
Como relator deste acontecido, recordo qe Pieter anda à busca das origens de seu pai Mafulo, mercenário às ordens indirectas de Mauricio de Nassau, instalado em N´Gola, Luanda. Era tenente do exèrcito Olandês e passou a pertencer às forças Tugas de Salvador de Sá e Benevides quando da reconquista de Luanda. Leiam as crónicas anteriores para entender o embrólio de hà trezentos e oitenta anos para tráz
Continua......
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