FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
o rei vesgo e as ladainhas
14 – O FIM DO REI VESGO, VULGO LAMPIÃO
Os vários grupos de cangaceiros de todo o Nordeste começam a desfazer-se a partir de 1927 quando as forças da lei da República se começaram a apetrechar de mais homens com mais e sofisticado armamento; por outro lado a logística com o apoio de munições aos fora da lei, vão ficando escassas por afastamento de alguns “coronéis” da esfera diplomática pelo tacto dócil do chefão maior Virgulino Ferreira, vulgo Lampião.
Os versos feitos em ladainha relembram toda a sua estória, lugares e amores com um retrato perfeito sentimental do “capitão” Virgulino; é em verdade, o seu antecipado Adeus:
Adeus Lagoa da Vaca
Cafundó e Mulungu
Adeus Serra de Limeira,
E a ladeira do Enxu,
Negras, Forquilha e o Lopes,
Mané Gome e Caititu
Adeus Riacho da Onça
Mausinha e o Regeitado,
Jeritacó, Jacaré,
Porteira do outro lado,
Xiquexique e São Silvestre,
Caatingas do meu agrado
Recebam todos lembranças,
Foi Lampião quem mandou,
A João Paulo nas Abob´ra
Na manga, ao major Sinhõ
P´ra Josinha dos Pereiros
Ele mesmo é portador.
Com este Adeus sertanejo, a partir do ano de 1929, distribuiu simpatias, arranja adeptos e coiteiros que lhe dão guarida e logística; dá-se a uma imagem simpática aos residentes da nova zona, sertanejos baianos e sergipanos, dando dinheiro e ouro com mãos largas, comprando pela diplomacia votos de confiança entre gente carecida, a ponto de permitir nova formação de grupo.
Com o seu poder restaurado depois de uma pausa extensa, um ano na afirmação do escritor Optato Gueiros, que descreve assim o ponto:
- Virgulino, conquistou quase todos os habitantes das caatingas, tratando-os com extrema bondade esbanjando prodigamente o dinheiro de que se apossara. Um ano inteiro, não se teve nenhuma notícia de qualquer depredação levada a efeito pelos cangaceiros naquele estado.
Estavam terminando os dias formidáveis nas empresas dos Malambas, Tetéus, Mata-Velhos, Faz-Fomes, Moirões, Famas, Folgazões e outros afamados assassinos que, por suas façanhas haviam ganho celebridade. Veja-se por quantos nomes eram conhecidos os cangaceiros que segundo a sua crueldade criavam uma áurea própria de apelidos condizentes com o seu cunho ético-facinora.
Em uma refrega em 1930 um militar volante recorda: - Na terra revolvida pelos pés dos bandoleiros achei um pente de balas e vi num projéctil pontiagudo, a impressão de fundo da cápsula com data de 1929. O meu fuzil Mauser, modelo 1895 usava munição quase impraticável do ano de 1913 enquanto a munição de Lampião e seus cabras era de um ano atrás; a diferença era chocante.
( Continua... Cangaço moderno... XXIV)
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