FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
A PRAÇA DAS CINCO PONTAS
O MAFULO MAURÍCIO DE NASSAU
Em 25 de Novembro de 2009, numa das celas da prisão para políticos, em Recife do Brasil, agora transformada em casa da cultura, comprei um livro que fala da saga do açucar e, como tudo começou na relação histórica entre as ilhas da Madeira, Açores e o Brasil. O açucar vingou no Nordeste Brasileiro por força da intervenção madeirense tendo, entre outros pioneiros o nome destacado de João Fernandes Vieira, um mestiço que em 1645, já era o maior proprietário de engenho do açucar em Pernambuco.
Deve-se principalmente a ele, Vieira, a restauração de Pernambuco com a retirada do Conde de Nassau, o governador Holandês que a partir de Olinda geria o império da Companhia das Indias Ocidentais.
Vieira assumiu o Brasil como terra sua e as suas atitudes tomaram foros do que se veio a designar “o nascimento do conceito brasileiro”.
Antes de me aprofudar na saga do açucar, descrevo o que vi e li naquela prisão:
- A partir do átrio ou nave central deste robusto edifício de grades encastradas em grossas paredes, pude ler o romance escrito de cima abaixo ocupando um porção de parede que compõe em altura, os três andares da prisão.
Indicado a Frei Joaquim do Amor divino li “ A praça das cinco pontas” .
Este austero bloco em forma de cruz construido no ano de 1855, foi projecto de um arquitecto Belga; dá para interpretar que a partir da governação de Mauricio de Nassau, Olinda, e Recife, se tornaram cosmopolitas pela intervenção de competentes artifeces, artistas nas várias artes e novos investigadores da natureza vegetal e animal mandados vir da Europa renascentista e humanista..
O Mafulo Mauricio de Nassau foi em verdade muito importante na história do Brasil pois que introduziu novos processos de gestão com uma visão mais avançada para a época. O mercantilismo e o atributo de subsidiar o investimento, fez crescer vários negócios no Nordeste brasileiro.
I
À praça das cinco pontas
Nasce o dia cinco vezes
Antecipa-se a vitória
De sombra
Sonho
E revezes.
Pesar do padre e da forca
E do sol que o ameaça
- Que, enquanto dorme o menino,
Dorme o contorno da praça-:
Pesar da escolta e do sino,
E da corda que o embaraça,
À praça das cinco pontas
Frei Joaquim do amor divino.
II
Ao centro da praça o povo,
O confessor e o juiz.
Da relva se ergue, de súbito
Uma árvore sem raiz .
Ao pé da forca o carrasco
Nega a morte e dissimula:
- O que fazer, eu já fiz:
Tudo pronto:
O laço pede existência
Do braço firme da forca.
Tudo pronto:
A corda é corda: Ela desce.
Apenas,
Presente o povo e o juiz,
O confesor e sua prece
- E o frade à forca, presente-,
À praça das cinco pontas
A morte não comparece.
GLOSÁRIO: Mafulo: - Holandês em dialecto kimbundo de Angola
Mural de Frei Caneca; Autoria de Audálio Alves
( Continua... A saga do Açucar II)
O relator: O Soba T´Chingange
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