África e o COVID 19… Opinião do T´Ching... - 09.04.2020
Crónica 3015
Por
T´Chingange - No Nordeste brasileiro em distanciamento social…
África está a intrigar a comunidade médica por contrariar as previsões da OMS, com os seus baixíssimos números de casos de infecção e morte por coronavírus. Esperava-se que assim que surgissem os primeiros casos de coronavírus seria uma catástrofe sem igual; parece até ser humilhante para a midia ocidental, perceber que o coronavírus mata milhares de pessoas em países do primeiro mundo ao invés dos países africanos. Segundo especialistas, há factores que sopram a favor de África.
Os porquês:
a - É um continente maioritariamente composto por jovens.
b - A cloroquina que serve para o combate à malária, supostamente tenha imunizado os africanos, que aparentam imunização contra o coronavírus (vamos acreditar que sim embora sem provas!)
c - O clima quente de África faz com que o vírus seque rapidamente no ambiente natural, ao contrário da Europa, Ásia e partes das Américas que têm zonas frias.
d - Em algum momento da vida de um africano já sofreu infecções como malária, sarampo, febre-amarela, leishmaniose, dengue, paludismo, tifo, disenteria, bronquites, infecções renais e estomacais, enfisema, tuberculose, pneumonia. Eu próprio já tive paludismo várias vezes e como prevenção tomava como toda a gente: - Quinino, Camoquina e rezoquina …
e - Uns sem número de vírus, como o perigoso Ébola, já passaram por eles, sem esquecer as DST's e tantas outras que fazem parte do nosso dia-a-dia e, que de uma certa maneira no seu conjunto dificultarão a entrada em força do coronavírus.
Os grandes países, como Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica, Itália, Suíça, sem esquecer os Estados Unidos que neste momento lideram em termos de infecções, nunca pensaram que alguma vez na sua existência iriam ser "castigados" dessa maneira, pensando até que só os outros estariam destinados a sofrer com este maldito vírus.
Vírus que atingiu em pleno coração as nações mais ricas e mais poderosas do planeta; é de admirar que em África seja diferente, embora lamentando profundamente que coisas dessas aconteçam no mundo... Algumas versões cientificas na imprensa internacional dizem que o vírus não foi criado artificialmente por ninguém, mas subsiste a duvida! Dizem ser uma versão do antigo SARS, que sofreu as devidas mutações impossíveis de replicar ou criar em laboratório – será!?
Que passou do mundo animal para o ser humano fruto da inapetência de alguns países nomeadamente a China em proibir o consumo de animais selvagens; pode ser até que seja uma oportunidade para se acabar de vez com a caça e o consumo de espécies exóticas. Mas, esse coronavírus, parece ser apenas o primeiro de muitas mais pandemias que segundo muitos, beira a aniquilação. Tal é a rapidez com que aparecem novas designações por via de mutações tais como: Pneumónica, SARS 1, MERS 2, H1N1 tudo num nome de INFLUENZA e, este COVID 19.
Os números são assustadores, no momento em que o vírus está espalhado por mais de duzentos países do mundo - números confirmados pelas autoridades que segundo dizem rondam os 75% de margem de abrangência. Os países divergem nas estratégias a aplicar na luta contra a pandemia e, nem todos estão de acordo com as orientações dadas pela Organização Mundial de Saúde. Alguns criticam até a idoneidade do seu presidente! Há até quem reme contra a maré, como os exemplos de Trump e Bolsonaro, dizendo que o confinamento arrasa com as economias dos países e que ficar em casa é uma perda de tempo. É uma faca de dois gumes em verdade.
O presidente da Bielorrussa Lukashenko juntou-se aos já mencionados, tendo sido visto visto jogando hóquei no gelo e, num pavilhão a abarrotar pelas costuras. Numa vulgar linguagem afirmou que o vírus não é resistente ao frio e que a bebida vodka faz o favor de eliminar o malvado. Trump e Bolsonaro, aos poucos vão dando o braço a ceder, porque o número de mortos não para de aumentar em seus países, acabando por tomar medidas afectivas na contenção e prevenção. Esta tardia medida nos EUA originaram baterem o recorde de mortos em apenas um dia, 1186 falecidos em 24 horas (dia 6 de Março) – demasiado triste!
Como consequência, a economia mundial parou; a única que parece carburar é a chinesa, vá-se lá adivinhar do porquê!? Porque deduz-se ter aplicado o maior golpe da história mundial, levando os países ao colapso e apatia em sua reorganização com o beneplácito do presidente da OMS. A ordem mundial está virando o MUNDO do avesso. Os seus índices de desemprego chegam ao pico, milhões de pessoas foram dispensadas de seus empregos recorrendo aos serviços de segurança social, aonde os há! Os vários governos tentam proibir despedimentos multando as empresas que o façam, mas isso não trava o caos. O desemprego, só nos EUA ronda já mais de 10 milhões…
As companhias de transporte aéreas e terrestres têm as suas frotas paradas, que sem gastarem combustíveis provocam a queda do preço do petróleo a preços negativos; agora são as companhias e países petrolíferos a pagarem para quem simplesmente pode armazenar os barris sem os comprar, as indústrias param de produzir. Umas foram obrigadas a produzir material médico por decretos presidenciais e outros fazem-no de livre vontade. As vendas e encomendas desceram na ordem dos 90% e, o comércio mundial actual, baseia-se apenas a materiais de consumo alimentar, electrónico ou de lazer e, todos recorrem à China para obter o material médico que precisam.
Os EUA recentemente enviaram 30 aviões à China para trazer de lá material hospitalar e, porque pagaram a dobrar, a China cancelou encomendas de outros países. A Rússia ofereceu ajuda a América doando varias toneladas de material médico que o Trump agradeceu; outrora inimigos hoje amigos na salvação geral. Outros países como América do sul e África verão as suas dificuldades aumentadas… Num destes casos tão agudos na gravidade chega-se à conclusão que petróleo e diamantes não servem para comer.
A vacina demora a aparece, embora existam países que já anunciaram a cura mas ainda não provaram a sua eficácia, adoptando as medidas de confinamento e emergência, encerraram-se a sete chaves e fecharam as principais instituições da cada país assegurando apenas as que são imprescindíveis à sobrevivência geral, tais como hospitais, farmácias, supermercados, alguns transportes e alguns serviços para manterem minimamente a funcionar. Ficar em casa é a melhor medida para abrandar os contágios. Nem todos estão a cumprir com as regras, sem sequer respeitarem o esforço dos outros para atenuarem o sofrimento de todos.
O apelo agora é que todos nós façamos campanha nas nossas comunidades para que adoptem medidas que nos possam salvar. É com regozijo que se observa na maioria dos países africanos adoptarem as medidas de emergência e confinamento no combate ao vírus, fechando o país a estrangeiros, aeroportos e portos, controlando as entradas terrestres, adoptando algumas medidas de controlo social, sanitário, politico e económico.
Insistindo nas medidas de higiene geral e pessoal, controlando algumas pessoas nas entradas do país e forçando a quarentena da maioria pessoas não podemos deixar de saudar a o governos africanos, pelo menos estarem a tentar... Os africanos são um alvo porque pertencem a uma sociedade desorganizada, nem sempre unida e até desrespeitosa entre si. Como resultado, os ocidentais podem sim condenar por ainda não se ter feito o suficiente esforço para criar as instituições e condições necessárias no aspecto sanitário. Fique em casa, se o seu trabalho ou ocupação não seja imprescindível na manutenção da saúde ou sobrevivência geral. Sobreviver, é importante…
Kandandus
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