NAS FRINCHAS DA VIDA
Crónica 3356 de 28.03.2023Na Pajuçara do Brasil
Um homem sem a liberdade de ser e agir, por mais que conheça ou possua, não é nada…
Por T´Chingange (Otchingandji) - No Nordeste Brasileiro
O destino da humanidade repousa irremediavelmente e, cada vez mais que nunca, sobre as forças morais do homem. Se se quiser uma vida livre e feliz, forçosamente haverá necessidade de se restringir ao essencial e renunciar a muitas tentações; daqui dizer-se estar-se sempre na mesma - só que com outros nomes! As maneiras de estar no mundo mudaram, ou foram forçadas a mudar - seus hábitos, atitudes ficaram algo periclitantes por força de novas imposições sociais, maneirismos, vaidades ou futilidades.
Uma grande parte de nós mente a si mesmo por conveniência, laxismo ou “deixa andar” e, nem se dá conta disso. Em tempos idos (tenho quase 78 anos) havia criados, contínuos, serventes, ajudantes, acessoristas ou aprendizes de qualquer coisa. Hoje o destino da humanidade repousa sobre os valores morais que conseguem suscitar em si mesma por indução, por convicção, por instrumentalização ou por coisas ordeiras no ponto de vista sindicalista.
Nessa forma de estar com “Maria, vai com as outras”, no descaso da prática, nada mudou – só sofisticações para criar escalões de coturno ou por maluqueira dum qualquer visionário político que se ache, que “quer mudar o mundo” com as inaltecências e edecéteras bizarronas. Aos criados chama-se desde algum tempo, cuidadores com múltiplas variantes como apoio da terceira idade. Aos contínuos, auxiliares da acção escolar e, técnicos ecológicos aos antigos varredores ou qualquer outra função segundo uma escala de ascensão e parâmetros de carreira com exclusão da 3ª classe porque esta é altamente vexatória.
Ser-se assim duma tamanha desclassificação não pode! Assim, vem auxiliar de segunda classe que sobe para primeira, segue-se técnico de 2ª, depois 1ª, depois principal, especialista e edecéteras que por aí vai. Ora um ascensorista que só tem de saber carregar um botão com um único dedo, como então, vai seguir na subida da vida chegando a especialista funcionário! Isto traz-me muita confusão ao ponto que, até me tem fundido as lâmpadas do meu ego cerebral.
Todos, ou quase, percebemos que o livre jogo das forças económicas, governos e governistas com afins circunscritos, interesse da causa, o esforço desordenado e sem freios dos indivíduos para dominar e adquirir a qualquer custo um poleiro digno - problema que, simplesmente deveria ser de cacaracá. Um barbeiro sempre será um fulano que corta cabelos nué? Tanto roubo, tanta hipocrisia e corruptela têm de ser misturados nestes entretantos que ocupam montes de psicólogos, psicanalistas e desclassificados a fingir que o são: Competentes ou comentadores; também estes, especialistas; se for assuntos de guerra sempre vai aparecer um major general de nem sei quantas estrelas. O mundo está doidão!
Um apanhador de lixo não pode ser um técnico superior de ecologia nué? Ou Noé? O estado deverá ser permanentemente inovador nas áreas de educação na pesquisa séria e com substância. Será com novas áreas de modernidade e novos paradigmas que se alcançará o bem-estar social. Só que não basta mudar o nome da treta para mudar-se a atitude. Também se na vida económica de um povo, o egoísmo e corrupção persistirem - o “monstro”, inevitavelmente derrotará a democracia a papelocracia, a burocracia e coisas inúteis tal como a conhecemos e concebemos.
A política tornar-se-á tão nefasta que no dia-a-dia perigará a condição em se ser um cidadão honesto. Os estragos serão cada vez mais atrozes ao entendimento da gente que cada vez mais detestará a política e os políticos. Detestará também os sindicatos e sindicalistas manobradores. A menos que os homens descubram e bem depressa, os meios de se protegerem deste desequilíbrio ético, caminhando rapidamente para guerras internas…
E, a dúvida de todos ou de uma grande parte subsistirá porque, quando se trata de ser ou não ser, as regras e compromissos, nada valem. Sei-o por experiência própria em um tempo não tão distante: 1975 – Um tal de acordo de Alvor – lugar do M´Puto! Aonde então, se meteram os estadistas? Diriam como salvaguarda posterior serem medidas revolucionárias! A evolução dos últimos anos põe em foco o facto de termos muito poucas razões para confiar nos governos; em confiar na ética e responsabilidade desses tais de gente impoluta – 5 estrelas.
As dispersões de opinião serão cada vez mais vincadas, originando uma incerta forma de governo e, proporcionando, o aparecimento de associações do tipo geringonça. Estas terão pela certa jogos de sociedade respeitando escrupulosamente sua visão ideológica, suas regras, suas normas, seus interesses. A confiabilidade dissolver-se-á assim, em permanentes duvidas e, nisto de assim ser, não há objectores de consciência. Na verdade trata-se de uma prática desigual ou ilegal; um combate pelo direito real dos homens contra seus governos já que estes, exigem de seus cidadãos actos criminosos de demasiados e injustos impostos, demasiadas e desadequadas leis.
O Soba T´Chingange
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