MOKANDA DO SOBA - EM COIMBRA
Sempre será melhor distribuírem-se rosas do que pedaços de egoísmo, altruísmo, ostracismo, pedantismo e outros ismos. Mas, ainda é mais fácil desfragmentar um átomo…
Por
Tentando compreender-me, compreender o mundo e as pessoas que nos rodeiam de perto ou longe, na outra margem dum rio, num porto-à-mão ou num ferro-agudo, vejo-me envolto em probabilidades, reconhecendo o quanto há de incerteza no entendimento entre dois seres que nada cedem para se dar ao fenómeno electromagnético. Cada cabeça sua sentença e, o facto de se ir de A para B no espaço, ou seu inverso no tempo, obtêm-se um conjunto ou a soma de ondas para todas as trajectórias comportamentais.
As variações mentais são enormes, umas grandes e outras quase rasas que associadas se anulam umas às outras por vezes; torna-se mais simples calcular as orbitas permitidas em átomos e moléculas unidos por eléctrones que orbitam mais de um núcleo do que, entender alguns tipos de raciocínio que em nós coabitam. Falo de humanos ou humanóides, claro! E, é tão difícil conceber isto em nossa cultura que seremos obrigados a interpretar as antigas pinturas em que os santos ou gente com santidade eram envoltos em seu templo, sua cabeça com um halo de luz magenta ou púrpura.
Talvez seja uma explicação grosseira mas, mais plausível de entendimento. Neste aspecto volátil teremos de equacionar nossas vidas de forma quadrimensional que, num espaço-tempo significam a união de pontos chamados de eventos; a soma de situações em nossas formalizadas ou formatadas vidas dum chamado “Ego”. Ontem percorri seis quilómetros para ir a um lugar do largo do Poço no casco velho da Cidade de Coimbra a fim de comprar uma orquídea para a minha mulher de nome Ibib e, dar ensejo nobre aos seus setenta e cinco anos. Parabéns… ouviu!
E, enquanto ia, bulia! E, de regresso já com ela, a orquídea, numa bolsa e mais duas rosas, uma vermelha e outra branca, pensei que sempre será mais fácil distribuirmos rosas do que pedaços de egoísmo, ostracismo, pedantismo ou palavras feitas acções sem amor. Lá no Largo do Poço e bem perto do Panteão Nacional na Igreja de Santa Cruz pude deparar com um quase cego que tocava um órgão. Deveria ter-lhe dado uma moeda mas não dei e, estou seriamente arrependido! Talvez lá vá de novo para repor a vontade no lugar.
Agachado nele, lendo as letras ou partituras, tocava a uma só mão, músicas do cancioneiro popular; letras que andam trauteadas de boca em boca e, concluí que enquanto uns se esforçam e lutam para sobreviver, outros espalham brasas queimando no quotidiano suas vidas, suas amizades, para se vestirem num alto coturno egoísta até às orelhas. E, como é confrangedor deparar com essa exagerada auto-estima, estigmatizando os demais supondo-se índigos.
De regresso aos Olivais de Coimbra, lugar de mirar o Tovim e, já no topo de uma ladeira, arfando velhice, bem perto da Biblioteca Municipal, curiosamente bem ao lado da “Sereia do Mondego”, um bar para estudantes, subo uns muitos degraus parando no topo, no padrão, símbolo de se querer, mesmo em frente da Escola Secundaria José Falcão e, pude ler “Se mais mundo novo houvera, lá chegara” uma referência ao sétimo canto dos Lusíadas de Camões. Como digo com frequência, teremos de espotricar o tempo no “Paratrás” para melhor nos integrarmos no “Paralém” …
O Soba T´Chingange
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