A HISTÓRIA ANTES DA HISTÓRIA – 09.10.2018
- LUZIA . UMA HISTÓRIA COM 3 MILHÕES DE ANOS…
Por
T´Chingange – Na Tanzânia (M´Bilizi)
- As leis da natureza dizem que independentemente do estatuto parental, todos nascem pelo mesmo local, nus e ateus… A ESPERANÇA é a fronteira que consegue manter a condição social e financeira de pobres, pensando ilusoriamente de que um dia, o euro milhões o fará rico e assim, comprar uma vivenda em Dar es Salaam…
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Antes da escrita, há outras histórias que explicam as origens do ser humano. É a história, antes da história. Desde o Cabo e, desde à um ano atrás (2017) numa viagem a 40 quilómetros à hora em comboio Xoxolosa e, sempre para Norte, de novo recomeço viagem ao sonho nesta data da graça e, a partir de 20 de Setembro de 2018 em um Nissan todo o terreno a partir de Johannesburg.
Na companhia de Reis Vissapa, o comandante da expedição Potholes, eu, Guida e Ibib, todos na fasquia dos setenta e mais uns anos, damos largas às nossas dipandas largando desaforos por essas estradas muito cheias de Potholes… E, desde Johannesburg acampamos em Sun City; depois seguimos pelo Botswana muito cheio de burros, cabras e sanzalas… Tivemos um momento alto no Choba vendo manadas de elefantes e muitos outros antílopes.
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Seguiu-se o Zimbabwé cruzando a fronteira para Cataratas Victória, outro momento alto apreciando o variado artesanato, as tormentosas águas do Zambeze e a ponte de Livingstone aonde também passa o comboio transafricano de Tanzânia ao Cabo; aliás, a linha deste comboio viu-se sempre ao longo das vias em que seguimos, vias com milhares de camiões transportando ferros, açúcar, farinhas e combustível.
O primeiro desaire foi a não travessia do lago Kariba e, indo ao engano, andamos uns bons duzentos quilómetros para cada lado para saber que o dito-cujo ferry dos sonhos, não faria viagem durante todo o mês de Outubro mas, sempre há um mas, ficamos no lindo lago num lodje por dois dias pagando 3600 randes, um puco mais de 200 euros sem matabicho. Aqui Vissapa pescou um minúsculo peixe tigre.
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Nova tormenta ao passar a fronteira da Zâmbia - mais enfrentar a indisciplinada urbe de Lusaca e, aos tramos de 400 quilómetros, lá continuamos refilando com tantas Potholes na estrada até chegarmos a M´Pika aonde ficamos por duas noites. No dia 8 saímos bem cedo de M´Pika para alcançar a fronteia a uns 350 km. Demoramos mais de sete horas por via da estrada ser apertada, com bermas quase falésias e, Potholes aos milhares.
Mais dor de cabeça ao passar a fronteira da Zâmbia para a Tanzânia na povoação de Tunduma. A mesma confusão de dinheiro e os 3 ou 4 bafanas a ajudarem para se fazer à gasosa do T´Chindere, dos Muzungos que eramos nós. Um Euro aqui, equivale a 2.637 shillings ou um Rand igual a 155 shillings. A fim de fazer a conversão rápida temos que 10000 shillings correspondem grosseiramente a 3,80 euros (ou 4 €, com folga deficiente) …
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Neste agora e, estando no Coffe Lodge a uns 80 Kms dentro da Tanzânia, mais propriamente em M´Bilizi, recordarei aqui a antiga história de Luzia da Tanzânia, os indícios dos primeiros primos de nossa existência. Os arqueólogos, descodificando achados recentes, analgizaram com testes de carbono outras supostas verdades. É assim a história surge-nos por camadas connosco no topo.
E, foi assim que olhando pinturas rupestres o dinamarquês Peter Lund, descobriu em meados do século XIX, 12 mil fósseis, um cemitério de 30 esqueletos humanos ao lado de mamíferos de grande porte do tipo gliptodonts, uns tatus com cerca de um metro de altura. A estes achados, foi designado o período da pré-história.
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Em 2002, com técnicas mais sofisticadas e fidedignas, confirmaram o evidente, gentes vindas de África Central e do Sul, acerca de 7 milhões de anos, atravessaram pelo sul do Mediterrâneo, a seguir a Ásia e através do estreito de Bering desceram desde o actual Alasca à América Central, chegando consequentemente ao Brasil que hoje se conhece e de onde o Dinamarquês referido fez alusão.
Na década de 1997, encontraram um crânio feminino com cerca de 11.500 anos; referiram este achado com o nome de Luzia, uma mulher dos seus vinte anos, olhos grandes e nariz achatado do tipo negróide. O terem chamado de Luzia a estas ossadas, é uma evidente referência ao fóssil de mais de três milhões de anos encontrado na Tanzânia em 1974, de características muito próximas àquele achado arqueológico da Lucy…
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Foi sem dúvida o início da caça ao tesouro a comparar com as novas modas de Indiana Jonas. Machados e artefactos indicam que eles, os pré-históricos manos e primos de Luzia, viviam na idade da Pedra Polida entre 12 mil e 4 mil anos antes de Cristo. Somos, em verdade, ainda, um enigma indecifrado e, andando por aqui baseado em palpites, cruzamos dezenas de informações para irmos ao encontro de novas ilusões. Ontem e hoje, nosso Indiana Jonas chama-se Reis Vissapa…
O Soba T´Chingange
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