Depois de uma larga ausência (desde 17.03.2020), volto de novo ao range rede, da minha preguiça! Já kota, balouço-me na estória da história sem esse tal de Pitu, mas com ciriguela na goela…
Por: T´Chingange (Otchingandji) - O NIASSALÊS em Amieiro do M´Puto
A Rússia desencadeou no Mundo, mais guerras do que qualquer outra potência contemporânea mas, impedindo também o domínio da Europa por uma única potência, opondo-se fortemente a Carlos VII da Suécia, a Napoleão Bonaparte de França e a Adolf Hitler da Alemanha, quando o já tinham sido elementos do equilíbrio continental. De Pedro, o Grande a Vladimir Putim, o aventureiro, as circunstâncias mudaram, mas o ritmo manteve-se com alguma coerência.
O absolutismo, a vastidão, as ambições de expansão mundial e as inseguranças, tudo na Rússia se ergue implicitamente como desafio ao conceito europeu de ordem internacional. Kiev, capital e centro geográfico do Estado de Ucrânia, continua a quase ser considerado unanimemente pelos russos como parte integrante e inalienável de seu património.
Numa encruzilhada de civilizações e rotas comerciais, a Rússia sempre se viu tentada a se expandir por medos contraditórios e, tendo convivido neste Império com os intrusos Vikings a norte, com o Império Árabe a sul, em expansão, e as Tribos Turcas a leste, metida neste permanente imbróglio enquanto a Europa Ocidental acolhia em sua sociedade, as novas perspectivas tecnológicas e intelectuais.
Forçosamente a Rússia que é mantida neste pendor oriental é também submetida por dois séculos e meio, à soberania Mongol entre os anos de 1237 a 1480. Enquanto isso, Portugal que já o era país bem definido, colocado no extremo Ocidental à entrada do Mediterrâneo, dá início à globalidade do Mundo - Os descobrimentos. E. em busca do conhecimento lança-se aos oceanos sem saber o que estaria mais álem.,
Numa epopeia de carregar a cruz de Deus em busca de glória, torna-se conhecedor dos ventos, das correntes e das marés proporcionando riqueza e nobreza às gentes ao redor do Mundo. Neste meio tempo, em que o Ocidente segue a via do renascimento, revolução científica e do iluminismo a Rússia formata-se na geopolítica de sua dura escola das estepes…
O saque, a escravidão dos povos, muitas tribos nómadas em um terreno vasto, aberto e sem fronteiras, as incursões em sua normalidade de vida, leva a Rússia a sempre se manter em um poder absoluto sobre seus vizinhos. As invasões, guerra civis e fomes, ceifaram literalmente um terço da população russa.
O expansionismo foi sempre uma constante de Moscovo; sua filosofia pode comparar-se a um rolo que tem de esmagar tudo o que lhe barre o caminho. E, surge um místico russo Grigori Rasputin em São Petersburgo, a Janeiro de 1869 que autoproclamado homem santo e filósofo aproxima-se da família do Czar Nicolau II, tornando-se uma figura politicamente influente no final do período imperial.
Aquele rolo ditatorial avançou primeiro para a Ásia Central, depois para Cáucaso e os Balcãs, a seguir vem a Europa Oriental, Escandinávia, mar Báltico e o Oceano Pacifico até às fronteiras da China e do Japão. A Rússia, em média expandiu-se 100.000 Km quadrados anualmente e, entre os anos de 1552 a 1917. A Europa, não pode por isso, ficar indiferente à Historia nem tao pouco pendente de outros – Os americanos da USA…
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Nota*: Com alguns extractos do livro “A Ordem Mundial” de Henry Kissinger
ADENDA : Por Josué Pedrosa
Política, aprendi ser "a arte de gerir consensos". Embora seja ligeiramente diferente, o sentido é o mesmo. Mas, não sabia que foi Bismarck, quem o disse. Quanto à relação Europa-EUA, mais tarde ou mais cedo os europeus vão aprender uma dura lição, eles não são confiáveis. Bill Clinton prometeu aos ucranianos que, se entregassem á Rússia as armas nucleares instaladas na Ucrânia, para serem destruídas, que os EUA defenderiam a Ucrânia contra qq agressão. A Rússia também o fez e a França e o RU, fizeram o mesmo, tendo a China mais tarde, também assinado esse documento/acordo/compromisso.
Desde que Putin chegou ao poder, logo no 1° encontro com A. Merkel, deixou claro que o desmembramento da URSS, tinha sido a maior tragédia do século XX, sua (dele) douta opinião, sendo certo que ninguém ligou "boia" ao que ele disse - europeus ou americanos.
Pouco depois foi posto em marcha o projecto de retomar a Crimeia e as quatro províncias ucranianas onde estava uma grande comunidade de origem russa, apesar de o seu número ser sensivelmente igual ao dos ucranianos. Ainda assim, quando do referendo sobre a independência da Ucrânia da URSS, a maioria - o que incluía a comunidade de origem russa - manifestou-se maioritariamente pela independência, o mesmo acontecendo com a Crimeia, aqui maioritariamente de população russa.
Ocupada a Crimeia e como o Ocidente fingiu que nada se passou, Putin mandou avançar com a estratégia para recuperar as províncias ucranianas, começando então o conflito. Ocupação dos parlamentos regionais e exigências de autonomia e referendos para a independência/integração na Rússia.
Os ucranianos sem forças armadas capazes, viram-se representados por inconformados nacionalistas - os Azov, que com a colaboração do exército ucraniano, iam resistindo como podiam. O derrube do avião da Malaysia Airlines, por um míssil russo já identificado por vários meios, incluindo a bateria que o disparou e quem a comandava, são provas irrefutáveis da actuação do exército russo naquela época. Uma vez mais o Ocidente fingiu que não viu, até que chegámos a Fevereiro de 2022 e á invasão da Ucrânia pela Rússia.
Os países que assinaram o documento de compromisso com a defesa da Ucrânia, não só não foram defender a Ucrânia, como, embora tendo vindo a fornecer algum equipamento militar, escondem e não dão o melhor e proibindo o melhor que dão de ser utilizado além das fronteiras ucranianas. É como dizer a uma das equipas: não podem atirar a bola para lá da linha do meio campo.
Entretanto, a Rússia investe tudo o que pode (o que não é pouco) em novo equipamento e substituição do que vai sendo destruído e, perante o olhar indiferente dos "aliados europeus" a Ucrânia vai-se defendendo como pode, perdendo homens cada menos substituíveis e território.
E assim vamos vivendo, preocupados com as medalhas que se vão ou não ganhar nos jogos olímpicos e com as incidências burlescas do Trump e da Kamala.
(Continua, com Viagens …)
O Soba T´Chingange
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