O CHOQUE DO PRESENTE – No M´Puto, é mesmo bom não se fazer contas ao tempo porque podemos sem o querer, ficar sem vontade de recomeçar…
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As altas taxas de desemprego, o rápido decréscimo económico, a instabilidade social, levam um qualquer responsável cidadão a pensar que a democracia tem de ser ressuscitada ou transformada. Durante muito tempo assistimos à maior fonte de trabalho laborando na construção de casas; por todo lado se ouvia o matraquear de martelos mecânicos, das betoneiras rolando cimento, das marretas a desbastar paredes e, agora, por falta de uma política coordenada e condicionada a só esta actividade, verificamos haver mais casas que cidadãos.
O número de portugueses é inversamente proporcional ao número de casas. A febre do ganho imediato levou governantes e povo a não ver que a vastidão de seus desejos daria numa paralisação em suas usuras. Era necessário parecer surgir nas estatísticas os gráficos crescentes de desenvolvimento. Como sempre pensei, as leis forma moldadas à natureza do momento pelos partidos políticos mantendo nos seus ideários aquele chavão ou clique da luta contra o fascismo.
Porque necessitavam de mais transparência, fomentaram a construção civil num Deus-dará. A partir da metade do século XX, deram o direito de voto às mulheres, coisa mais que justa mas, em verdade, o propósito era mesmo ter maior número de votos. Redescobriram que os passados e, sendo bem urdidos, seriam pretexto para escolherem novas modas organizacionais em detrimento das velhas. Daí a necessidade de construírem novos sistemas constitucionais, ajustar a colher à boca, banir a fome ajustando-a à vontade de comer.
A Europa, saída das amargas experiências de duas guerras, deram o mote aos políticos mostrando preocupação aos direitos humanos, tornando estes, os homens, invioláveis e até inalienáveis (tudo tretas). Tudo isto se foi moldando paulatinamente tornando os parlamentares mais poderosos usando e abusando de poderes sem o efectivo aval da nação (leis fabricada por eles). Veja-se a actual situação de Portugal dando incestuosamente a si próprios prerrogativas exclusivas especiais. Gente paga por “todos” que criam para si em exclusivo, subvenções vitalícias depois de cumprirem meia dúzia de anos à nação. Um descarado gozo à gente que somos nós, a arraia-miúda (aleluia).
Só em 1958 é que o General De Gaulle, apoiado pela opinião pública exasperada por desmandos dos edis deputados, conseguiu criar um regime mais presidencial. Com suas leis fundamentais os governos esforçaram-se por reprimir os ditos movimentos antidemocráticos (que não lhes interessavam). E, surgem demagogos, tolerando-se uns e perseguindo-se outros, uma quase guerra fria na apologia, uma defesa laudatória com guardiões da integridade.
E, surgiram Gabinetes de Coordenação Politica com novas teorias psicológicas, gestores de dialéctica e publicações culturais, exposições itinerantes e o escambau como dizem os brazucas. Eu andava distraído, adormecido na cultura do cinema até que uns quantos visionários políticos de mãos dadas com medíocres militares, me tornaram quase em um marginal, um refugiado em minha própria pátria, um retornado, um insignificante número da diáspora. Senti-me destituído de quase todos os meus direitos; como eu, centenas de milhares sofreram o mesmo vexame pomposamente chamado de descolonização e cada qual esgadanhou como pode pela vida.
Muitos dos descolonizados deixaram que a morte chegasse para os aquietar, outros também se tornaram políticos e salvo raras excepções corromperam-se, venderam-se e tornaram-se gatunos oficiosos. Com virtudes, poucos irão ficar enaltecidos na estória. Os direitos humanos foram direitinhos para o esgoto, o lixo bem abafado por ser tóxico. Muitos ficaram sem a vida ainda lá na dita Província Ultramarina do ”O escambau” tendo como carrascos patrícios do PREC e outros merdas que a estória terá de contar tim-tim por tim-tim. Mas que leis foram estas para nos destinarem tal fim! Prometi-me não esquecer isto! Desta merda de leis sem ressarcimento feitas por estes Edis deputados de aviário cuja vastidão de seus maus desejos nos paralisou: E dizem-me que esqueça! Esqueço o escambau!…
O Soba T´Chingange
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