"BAFÓMETRO" – Na Paz do Senhor
Por
T´Chingange
Nota: Este artigo foi publicado ontem em primazia de Rua Direita de Viseu
Entorpecido pelo muito calor balouço de rede na ventilada varanda da minha casa, minha cubata; de tronco e pernas ao léu, de vontade totalmente arregaçada ao fresco vento do Nascente. Posso daqui, ouvir as falas do mundo via TV, as desgraçadas noticias que como cascata de água caem no saco-roto, crivo de malha larga com resmungos ou fingimentos dos personagens que representam a lei compondo os tramas a jeito, de como se houvera de dizer. Aqui está tudo controlado e na paz do Senhor, dizem! Comprometendo-o como se Ele, o Senhor, não tivesse mais coisas a fazer. Pendendo quase sempre para o grotesco insuflado, abordam pessoas coléricas, perversas e de engravidado interesse.
Neste viveiro de coisa ruim, e afins, surgem oportunistas que fofocam bisbilhotice sufocando a realidade com atitudes satíricas, colocando mesmo as almas na rua da amargura e, não só. De todas as notícias, saliento a de um condutor que ébrio de embriagado, de rebentar a escala do bafómetro, andou seis quilómetros com um homem espetado no pára-brisas de seu carro; ao longo deste percurso e, sempre em movimento, tentou tirá-lo borda fora do veículo como um inteiro pedaço de morto mas não conseguiu.
Como em um romance e longe dos devaneios próprios de românticos, que sempre prevalecem o amor no final, aqui, a vida real parece ter no mal, o triunfo sobre o bem; de regras invertidas os infractores sempre encontram escapadelas na contra-lei porque, a maior parte dos crimes ficam impunes, contemplando os prevaricadores com o habeas corpus e um sem-fim de manigâncias. No final do trama, estes calhordas, ficam uns autênticos heróis; coisas do cangaço. Curioso é a de que no enredo do quotidiano, surge gente extremamente religiosa achando que o facto de alguém não ser branco, já é um crime; outro, muitos, naturalmente e sem nenhum ataque de histeria, cruelmente e sem chibata ou queimadura de ferro em brasa a pressionar, aponta friamente uma arma e, disparam; um gozo de gatilho incompreendido por quem se sente com um pingo de bom senso. Apetece por vezes voltar ao passado para reconstruir a história de tanta gente hedionda e cruel, tornando-as boas e caritativas.
Cafufutila, kafufutila, kifufutila: Farinha de mandioca (bombô) com açúcar; falando de boca cheia lança falrripos (perdigotos) ao interlocutor.
O Soba T´Chingange
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