SONS CUSPILHADOS – Eu um Conde!? Nem disse que sim, nem que não… V
Por
T´Chingange
No natural relógio que marca as horas de todos os dias, na imobilidade pensativa adormecida nos rendilhados ponteiros biológicos e planetários, coaxo como as rãs, lânguidas com fios de doçura. O meu Deus, faísca-me com sorriso nos olhos resplandecendo seu sol sem chalrar descoroçoadas farripas. Sobre o volume da sombra de penas frisadas com uma sensação estranha de macio e fino, subi a avenida dos Campos Elísios até que a noite desceu electrificando-se no Arco do Triunfo recordando triunfais entradas dos vencedores exércitos, ora dos Alemães, ora dos Aliados com seus muitos mortos fantasmados de guerra mundial.
O Arco do Triunfo (francês: Arc de Triomphe) é um monumento, localizado na cidade de Paris, construído em comemoração às vitórias militares do Napoleão Bonaparte, o qual ordenou a sua construção em 1806. Inaugurado em 1836, a monumental obra detém, gravados, os nomes de 128 batalhas e 558 generais. Em sua base, situa-se o Túmulo do soldado desconhecido (1920). O arco localiza-se na praça Charles de Gaulle, no encontro das avenidas Charles de Gaulle e Champs-Élysées. Nas extremidades das avenidas encontram-se a Praça da Concórdia e na outra La Defense.
Nesta fase de viagem no tempo só estava a sessenta e nove anos deste dois mil e catorze, recolhendo bocejos, agouros da crise e epidemias assustadoras ou avassaladoras. Maçadas amargosa dum fim-dos-tempos! Prevendo todos esses estados com gestos, desde o trágico até ao pícaro, relembro castiçais arcaicos dos científicos tempos, comparando-os aos jorros de luz deste Arco do Triunfo, tornando a vida lavrada em cristais, escorregadiça. Bendito seja o dinheiro! Vive La France! Ia eu nestas deambulações, quando sou perturbado por um distinto senhor de fraque e bengala com filigranas dourados: - Meu caro Conde, por aqui a estas horas? Tendes alguma perturbação? Este dito senhor passeava seu minúsculo cachorro coly-chiuauá peludo, que não me largava a perna, farejando fungos. – Eu sou Conde!? Não disse que não nem que sim pois que me pareceu tê-lo visto com o meu príncipe Dom Jacinto nos científicos gozos do teatrófone.
Sem explicação sapiente dei-lhe conhecimento que andava a tomar ares e, lá segui na direcção oposta dissecando pedaços de vida ainda quentes. Num aperto de mão mole e vago, segui questionando-me se este petulante janota seria o marido ou o amante daquela Dona Antonieta, a vaporosa senhora que emperrou o teatrófone; essa tal que usava e abusava da influência de Dom Francisco para tirar dividendos da Companhia das Esmeraldas da Birmânia empresa de milhões e, na qual era presidente. Estou a vê-la faiscando no sorriso, nos olhos, nas jóias em cada prega das suas sedas cor de salmão; a macia criatura batendo o leque, muito chique! Ainda só vou na página vinte e um da Cidade e as Serras do Eça e, já me sinto enfadado destes salamaleques exacerbados.
(Continua…)
O Soba T´Chingange
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