TEMPOS QUENTES – PRODUTOS TRANGÉNICOS - O esquecimento existe mas, nós não somos só silêncios…
Por T´CHINGANGE - Nasceu em águas internacionais num vapor chamado Niassa. É cidadão do mundo, Angolano na diáspora - Mazombo por condição; anda pelo Mundo à procura de si mesmo! Tem cédula de Brasileiro, B. Identidade do M´Puto. Anda às arrecuas para fugir à regra, um paradigma, só dele.
Num tempo de futuro desfalecido e por obra do desencanto, todos nós nos desorfanamos, todos nós nos desentendemos por deitarmos fora coisas que parecem porcarias aos demais e porque sempre surge no cenário um protector a falar por nós tutelando-nos sem permissão. No fim de um qualquer desentendimento há sempre um porém ou um nada sem fim que motiva febres, que nos faz ter raiva e até ódio. Ele vem com falas de esquerda, e nós ouvimos calados! Ele é de falas direitas e nós ouvimos calados! Podem até ser outras falas e nós moita carrascos, que isso não é comigo!
Dividindo o sentimento entre os motivos de esquerda, de direita, do centro e outros inauditas lateralidades, regressamos ao inferno e, já não somos nós. Com um mal aqui e outro acolá uma raiva de permeio com rilhar de dentes, fazem de nós só silêncio atabafado, encurralado, acantonado! Ai que não convém dizer não! Ai que somos sim e, já não somos um caminho, nem atalho, nem carreiro ou coisa alguma! Porque não podemos magoar! Podemos sim, pôr um travão nisto! Um basta! O amigo, o conhecido, o candidato, um destes e qualquer, que se lixe! Nós, nós temos de nos restar em algo! Cuidar das nossas forças e dizer um não! Não concordo!
Não temos de nos perfilar com aquilo em que não acreditamos mas, podemos optar pelo sim sem deitar na lixeira o futuro de nós porque os sentimentos afinal, não podem, não devem ser divididos. Claro que nossos políticos, esfrangalham-nos com promessas de nos deitar as heranças num incerto destino. Isto está mal! Se só ficarmos assim por aqui embatocados, ficaremos na sombra da vida, penso eu! Um político que nunca foi de nenhum emprego vem-nos dizer que somos improdutivos! Está mal! Ele, político filiado, afirma não querer manchar nosso sentimento, fala-nos de justiça; ele que só nos merece desconfiança! Ele que tem rabos-de-palha! Está mal!
Sem sustento, o fulano, o sicrano, que tem indícios de engravidadas suspeitas é-nos recomendado pelo comissário, pelo delegado, pelo outro da máquina partidária e dá-lhe as chaves de nossas casas, ele que é ladrão; perante nós, é-nos dito: Ele, o candidato é um exemplo e, nós calados, calamo-nos. Pópilas! Estes gajos têm de saber quem somos! Nós não podemos ficar toda a vida pequenos! Vou votar uma cruz riscada de fora, de fora a fora, de canto a canto, por desencanto!
Ilustraçõs de Assunção Roxo
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