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T´CHINGANGE - Nasceu em águas internacionais num vapor chamado Niassa. É cidadão do mundo, Angolano na diáspora - Mazombo por condição; anda pelo Mundo à procura de si mesmo! Tem cédula de Brasileiro, B. Identidade do M´Puto. Anda às arrecuas para fugir à regra, um paradigma, só dele.
No calor do Sul do M´Puto, com sol de Setembro, sabor salobre de ventos rodopiando nas horas, marés longas de vontades alheias, aqui estou numa espera tardia, a ter um papel na vida, tentando a custo interpretar o Islão. Esse tal com laivos de maldadês e decapitações, que nem a esquerda comunista estalinista e maoista no seu lado mais negro, traz consigo uma carga negativa do passado cultural, em países redondos na perfeição dos silêncios. Com fúteis caprichos de poder, esmiúço os tempos para saber a verdadeira razão dos paradoxos futuros. Sim! O futuro de um mundo surreal tentando compreender melhor a essência dos seus divinos. Agora, já kota mais-velho apercebo-me do joguete das lutas de tantas portas ou portais desconhecidos.
Sendo mazombo de Angola na criação e, vivendo entre astucias enganosas e superstições intestinas, falo e penso como se fosse um africano preto na cor, captando como um íman as feitiçarias das memórias feitas tradição. Hoje, aqui estou junto ao castelo de Ferro Agudo olhando a outra margem do rio Arade com edifícios da cor da terra, torrões amarelecidos; afinando ou ajustando os binóculos tasco por forma a ver ao pormenor o tal Yate preto que agora me parece mais um veleiro. E, lá está escrito “Neptuno” no lugar mais central e cimeiro que penso ser a cabine do piloto, do dono ou patrão de costa ou talvez o chefe de um país muito cheio de gasosa para fazer banga na antiga metrópole do M´Puto.
No mundo imperfeito e como disse, também muito redondo nos silêncios, acho melhor nem referir o nome do patrão porque até pode nem ser verdade, correndo o risco de, se teimar, ficar enfeitiçado de uma forma total. Para mim, é tarde demais para deslindar os mambos e saber as verdadeiras razões dos fúteis caprichos do poder do Edu. Mudo aqui o discurso porque surgiu num jeito estranho entre mim e a pequena calema um monangamba, preto que nem um tição, com trancinhas sebeirosas e brinquinho, óculos encaixados nos sujos e rebeldes cabelos, assim e gingão olhando-me de frente num olhar turvo.
De antenas no ar, vislumbrei esta assombração de forma estranha e, de repente, as feições mudaram-se-lhe, já tem o cabelo mais curto e, nem quero acreditar! Será possível? Era Nito Alves sem tirar nem colocar mas, apresentava-se muito prá-frente, como se fosse um surfista e não um fraccionista. Andou mais uns passos para o meu lado esquerdo e, na sombra do castelo retirou um papel duma pequena pasta e umas ervas dum pequeno baú, enrolou-as em seguida no dito papel levando-o à boca; foi uma cena em tudo parecida como um velho fumador de francês avulso. Disfarçadamente, desentendido, fiz-me mosca, olhando de soslaio!
E, foi quando o cigarro feito desse antigo modo, levado à boca afogachou-se sem ser aceso lançando fumo às argolas. Aqui tem coisa! O cheiro da maconha que veio às narinas; sem querer, olhei forçado o seu olhar e já não tive duvida, era ele mesmo: Nito Alves! O mesmo do 27 negro de Maio. Assim, e de frente, aquele tipo piscou-me o olho esquerdo na forma de morse, três pontos, três traços, três pontos! Isto deu para ficar apreensivo sem definir se estava mesmo aflito ou se era uma mensagem para mim! E, nem via nada que justificasse um SOS em código de morse porque aparentemente estava direitinho da silva; todo inteiro e sem justificação plausível. Seria isto um aviso! ?
Pópilas! Eu, bem quero chegar aos trezentos anos tomando o chá de roiboos dos bosquímanos, com brututo, gengibre e ipê-roxo, mas falando seriamente duvido poder chegar a um terço dessa fasquia. Acredito que queiram saber mais acerca do barco Yate ou veleiro pertença do senhor Edu mas, as circunstâncias medrosas não permitem que abra uma nova frente de guerra sem haver razões independentistas. A vida é mesmomesmo uma farsa!
O Soba T´Chingange
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