ANGOLA – HUILA – N´DIGIVA – Ongweva na cascata da Hungueria …
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Cada um de nós é um pedaço da história vivida em Angola, não interessa a importância que possa representar, ela por si só, vale o que vale, e esse valor não lhe pode ser retirado. Já, que nos tiraram tudo, ao menos deixem que o tempo não apague a nossa presença em Angola. Respeitem, ao menos, a saudade, a ongweva. Estou tranquilamente sentado, aqui no meu sofá do M´Puto preferido, após o regresso de um passeio e, lembrei-me casualmente da possibilidade de escrever o nome de todos os pássaros recordando a felicidade de catraio lá no Lubango, um teste à minha memória.
Começo pelos pardais, as tintenas num võo de equilíbrio e rasante sobre o capinzal, os bom-senhores, os bicos de prata e de lacre, os bigodinhos, as viuvinhas do Humbe, os cardiais, os canários, os bituites, catuites ou peitos celestes, as zanguinhas, os papa-figos, as chiricuatas, as bengalinhas, os periquitos republicanos, os beija-flores ou colibris, os caramanchões, as rolas da madeira, os pombos verdes, e talvez me venha a recordar de mais alguns, mas por agora esgotei o repertório. Recordo-me da primeira vez que visitei a cascata da Hungueria. Muito jovem ainda, numa altura em que o asfalto era apenas uma miragem, para lá chegar tinha-se que abandonar a viatura bem longe, caminhar-se por uma vereda de pedra solta, piso difícil, por entre o arvoredo onde o chilrear da passarada era uma constante.
E, depois desembocar num lugar de sonho, com a água límpida a cair em cascata, por entre o granito escuro, cair imparável para formar um pequeno lago salpicando a água por entre os espaços da pedra, até se perder na terra sequiosa. Lembro-me de ter ficado espantado com tanta beleza; talhada rudemente no granito, uma obra secular e duradoura; não me cansei de a olhar, ao ponto de ainda hoje a ver em pensamento, magestoso, tal como da primeira vez que a vi. Recordo-a frequentemente com saudade quando algo me perturba! Sua grandiosidade reside do como surgiu, sem que a mão do ser humano ali interviesse. Voltei lá mais vezes, mas nunca mais tive a sensação de ser surpreendido como fora na primeira vez, tão jovem ainda, que das outras pouco me lembro, e dessa, nunca me esqueci
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