ANGOLA - A marcha de há mais de 40 anos " Angola é nossa" …
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A VERDADE
Uma amiga, publicou na minha página um vídeo da marcha militar, considerada na época patriótica; Segundo me recordo, uma das últimas vezes que tive oportunidade de a ouvir, foi em 1973 no porto de Lisboa, quando do regresso a Angola e, após terminada a segunda e ultima graciosa. Foi quando embarquei com a família no Infante D. Henrique, em que muitos militares do M´Puto também embarcaram; essa marcha era como uma chamada ao brio nacional para a defesa de um Império que se estava a desmoronar.
Verdade seja dita, que nunca me identifiquei muito com este tipo de alarde patriótico, pois fazia-me lembrar uma espécie de assédio, algo que se tenta impingir na forma de verdade, mais imposta do que aceite. Apercebendo-me já nessa época, que nem tudo eram rosas num jardim à beira mar plantado, o M´Puto, a marcha significada mais uma súplica austera do que um grito de quem procura morrer espirrando ideais pátrias. Não se confunda, aquele agora, com todos os anos anteriores, em que os militares se empenharam numa guerra feroz, salvaguardando a continuidade de Portugal em África.
Um ano depois do 25 de Abril, aquele brio, desvaneceu-se da honra, os valores pátrios fluíram em tácticas falaciosas, outros urros, outras foices, apareceram num despertar de acontecimentos, ideais mal esboçados, conspurcados de desonra; foi o princípio do fim, começo da desgraça que culminou numa vergonhosa independência. Houve de tudo, falta de respeito, de dignidade, traição e um claro abandono da população. De ética, nem se fala, evaporou-se, simplesmente! Numa entrega sem honra, de bandeira rubra e verde amarrotada no sovaco, a glória do Império foi ofertada a tiros na forma de foguetes num largo a que se veio a chamar de independência. Uma outra Angola é nossa, nasceu!
Em verdade, Angola continua a ser nossa, na relatividade da palavra e, para alguns dos que lá nasceram, dos que criaram raízes, porque amaram e continuam a amar aquela terra, como se de lá fossem, independentemente de serem ou não nacionalizados. Esse direito, ninguém nos pode coarctar. Agora, a única verdade que existe nessa marcha de carácter militar, é esta: Angola continua a ser nossa, porque esse sentimento enraizado no coração é um direito que nos assiste mantendo o estribilho. O resto, já nem é coisa natural! Se foi no improvável que residiu a astúcia, será no inadmissível que ganha a força que tem. E nós, existimos, apenas porque atrás de gerações outras gerações virão...
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