MOKANDAS XINGUILADAS NO TEMPO
Crónica 3095 – Cada vez mais o enterro do amanhã começa no dia de ontem…
Estamos na era do medo, na meia curva da esperança divina – 27.12.2020
Kalunga: Mar; divindade secundária de culto banto; a imagem ou fetiche dessa divindade. Calunga seria a Lunga ou Malunga, que é plural em quimbundo da palavra "lunga"…
Por
T´Chingange – No Algarve do M´Puto
Agora e, aqui em Sábado de pós Natal do ano 2020, pensando em um montão de coisas ou actos que parecem normais ou superficiais, repenicando meu manjerico em flor, penso nas excrescências sociais que se vão tornando um pouco por todo o lado, armas de desarmonia na resiliência, pelo medo da suposição e, fechando-nos voluntariamente na nossa prisão. Prisão orgulhosamente chamada de nossa casa!
No decorrer do tempo entre periclitãncias involuntárias, a maturidade do cidadão acompanha os comportamentos sociais que, perante tantas e tantas contrariedades, é obrigado a defender-se com evasivas distantes e distanciadas, antes que suceda algo de mal, faz-se a previsão a tudo o que eventualmente poderá suceder se… e, o “se” torna-se um martírio na antevisão de hipóteses e fuga em alternativas.
Quando a oferta é grande de farta, o povo desconfia; esta prática que quase sempre arrasta suspeitas sub-reptícias, leva a sociedade a ser desconfiada. Por ter-se sofrido tantas frustrações entrelaçadas em injustiça, em roubos, desperdício e má gestão da cousa pública ninguém ou, uma minoria de nós acredita nos políticos, nas conspurcadas instituições muito impregnadas de corruptela e compadrio.
Quem mente gratuitamente, de uma forma permanente, ou é demasiado fantasioso, astucioso ou político ambicioso no condão de sempre raiar desvarios ou a seu tempo, prejudicarem-nos por via de nos exaurir o património na forma de impostos e taxas directas ou enviesadas e até por vezes encavalitadas no nosso modo de vida.
Com lisura desmesurada fundamentam tudo tornando-nos inocentes crianças perdidas dos pais… Assim atolado numa pandemia feita pântano revivo com desagrado coisas que nunca deveriam ter sucedido atiçando-me a vontade de fugir a um qualquer longínquo sítio e assim me revejo numa vasta anhara…
Vestido de vermelho, tecido pindérico e seminu guardando meus bois, feito guerreiro e saltitando de lança em riste defendendo meu gado das feras, dum leão onça ou mabeco. Lugar aonde nem se sabe que era foi essa de AC ou DC… Lugar onde não se sabe o que é uma falácia e aonde nossas silhuetas furam o sol ondulante, uma kúkia grande formatando o horizonte em uma barra vermelha.
Nota: Publicado em KIOMBA do FB em 26.12.2020
O Soba T´Chingange
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