MALAMBAS . A cultura é mesmo um grande problema!… III
Kanimambo: Obrigado (de Moçambique); Malamba é a palavra
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O controlo do imaginário é um fenómeno especificamente moderno com início no Renascimento porque antes disso, a estética não estava instituída ou não estava submetida aos parâmetros de usos e costumes, havia o clero e a nobreza com poder, educação e todas as mordomias, coisas a que o povo não tinha acesso nem lhe era permitido, mantendo-se na ignorante subserviência aos senhores do feudo; a igreja submetia os pobres a uma ignorância confrangedora dando-lhe estímulos à obediência cega e muda, calçando-os de tamancos porque dinheiro para mais, não havia. Nos dias que correm, nem sempre se controla ou separa a razão da criatividade ou estética, um hodierno risco na crítica à ideia de verdade; assim se confunde a produção discursiva com o ficcional.
Hoje, a razão instala-se em uma série de procedimentos filosóficos de monopolização da verdade circunscrevendo-a com manobras de diversão ou dilatórias confundindo-a, abrindo caminho à poesia como um artifício de substituição na contestação à verdade; claramente uma forma a que se pode identificar de fingimento; uma indirecta forma de fazer supor por sofisma. Em verdade, a constituição histórica de uma razão, racionalmente, não tem justificação colar-se-lhe ficção, nem poesia. Quando Eça de Queiroz diz.” Os políticos e as fraldas querem-se mudadas com frequência e, pela mesma razão”; subentende-se aqui a verdade sem, claramente a definir.
Depois do cunho secular religioso hegemónico da idade média a igreja católica deixou de ter cortes submissas ao clero e não mais foi capaz de impor em plenitude seus critérios de água benta. A cultura popular de carácter mais espontâneo e livre, deu pôr fim aos mecanismos de controlo dando lugar a novas formulações de poetólogos, sem narrativas fastidiosas ou demasiado vernáculas. Na forma um tanto ou quanto dramática limou esperanças messiânicas em colineares e criativas necessidades. Quanto à política de democracia, ela só tem validade se levarmos em conta aqueles dizeres de Eça de Queiroz já citados. Confirma-se assim os princípios da metafísica grega em que a poesia e criatividade sobre o real, não pode ficar eternamente subjugados ao “fingimento”.
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