MALAMBAS . Enforcar a bandeira nacional, não pode ser um acto solene!…
Kanimambo: Obrigado (de Moçambique) ; Malamba é a palavra
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Não há muito tempo na Câmara Municipal de Lisboa, hastearam a bandeira nacional ao contrário, talvez para demonstrar que o país anda de pernas para o ar. Em França, e em diferente tempos pisaram a bandeira nacional, procurando demonstrar que o país estava sendo espezinhado pelos governantes de então. Recentemente um outro cidadão, enforca a bandeira nacional, alegando mostrar o estado do país. Cada qual encontrou à sua maneira dar uso à bandeira nacional, como um acto de rebelde descontentamento, mas todos eles têm algo em comum: São "artistas" ou candidatos a políticos, sendo que cada um, o é, à sua maneira.
E pelo que se constatou, todos eles foram perdoados, louvados, abençoados e até levados em triunfo. Recordo-me que em Lagos até mijaram e fizeram suas necessidades em cima da bandeira de Portugal (Deu em directo na TV) mostrando suas obras de arte como se isso fosse um relevante e digno serviço prestado ao país, pois barafustavam indignação. Eu, estive na guerra de África, dois anos em Cabinda em zona operacional, integrado numa companhia independente formada em Beja; Éramos uns desterrados em uma clareira rodeada de mata pujante. Em patrulhas de fronteira com a agora Republica Popular do Congo a Norte e do Zaire a Leste guardávamos soberania.
Todos os dias em breve cerimónia, realizávamos o hastear e arrear da bandeira e, não raras vezes via cair uma lágrima pela face de alguns destes homens que em virtude de estar longe da família eram tocados pela saudade, pelo stress, pelo desgaste físico e psicológico sem contar com as precárias condições de alojamento. Alguns voltaram em um caixão com aquela bandeira a cobrir seus pecúlios de gente, que já o não eram. Para quem nunca passou por situações que tivesse como único conforto e orgulho a bandeira nacional, jamais conseguirá entender o que para muitos significou essa bandeira; de salientar que eu era da incorporação de Angola sendo destacado para esta companhia com mais quatro companheiros com o posto de furriel, dois brancos, um mestiço e um negro; corria o ano de 1968.
Se esses artistas e políticos contestatários tivessem ido à tropa, talvez preservassem algum aprumo para não desrespeitar este símbolo e, pela qual morreram mais de dez mil homens, mais de vinte mil feridos; muitos deles ficaram completamente incapacitados e dependentes, e só Deus sabe quantos mais com stress para o resto das suas vidas. Será que alguém me pode explicar qual é a arte dessas atitudes vergonhosas sem que por tal atitude tenham sido severamente punidos. Nunca compreendi esta brandura! Esses tais de pseudo "artistas" e contestatários, deveriam ser obrigados a visitar a Associação dos Deficientes das Forças Armadas, e pagar uma coima para sustento destes. Juro que se eu mandasse, assim seria!
O Soba T´Chingange
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