MALAMBAS . A cultura é mesmo um grande problema! … IV
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Ando a tentar ser erudito! Terei esse direito?
Inevitavelmente a cultura é uma armadilha. Franz Kafka em uma parábola intitulada “similar” narra um diálogo entre dois homens que se lamentam de que as palavras dos sábios sejam meras imagens, sem uso na vida de todos os dias. Isto é uma alegoria ao desconforto que se tem com a vida subestimada a poderes desadequados ou sem sustentação lógica. Solução a meditar porque, muitos tentam imitar os sábios mas, só se limitam a seguir seus diálogos. Em verdade, o que se ganha na realidade perde-se na imagem. Kafka está assim a instabilizar um antiquíssimo esquema que se situa entre o ficcional e o real; na exactidão de suas controladas falas, mostrando-nos a racionalidade da criatividade, originalidade e inspiração. A vida é mesmo uma ilusão!
O que sobra de tudo isto é uma técnica ou um jogo combinatório automático cujo crescimento exponencial dá uma certa ilusão de liberdade. Será possível ir mais longe e, constatar que a divisão entre o real e a ficção ou entre o existente e o possível, é o efeito de uma imposição da experiência, que tende a eliminar o impreciso a favor do preciso. Poder daqui afirmar-se que a critica da cultura passa necessariamente pelo questionamento da maneira de como ela tende a ser determinada pelos “mídia”, literários ou audiovisuais e, ainda todos aqueles que convergem para as redes de computadores interligados entre si. De repente todos falam no mesmo! Sócratas, o politico foi preso! E, todos fazem conjecturas de quando vai ser solto, se vai haver um estorno dos capitais estorquidos, se isso é para o estado ou se tudo vai ficar como dantes; se, tudo fica na mesma como a lesma e se...
Teremos de concordar com Friedrick Kittler quando diz que todos nós, não estamos interessados em nos desconstruirmos como algumas ciências humanas se viram recentemente forçadas a fazer. Necessitamos de compreender os fundamentos de conceitos como hardware, programação, automatização e regulamentação. Hoje num milenar desejo de segurança procuramos dominar inteiramente o sublime com filosofias e teorias de todo o género e, num esforço de categorizar o mundo, esbarramo-nos nos códigos fundamentais de uma cultura que se rege pela linguagem, pelos valores e fundamentalmente pelas práticas hierárquicas. É aqui que a cultura se desvia insensivelmente nas empíricas ordens que seus primários códigos lhe prescrevem: Um desprendimento de seus poderes invisíveis que, mesmo desejando, nem tudo se alcança. Na ilusão do tempo, vamos continuar vivendo!
Kanimambo: Obrigado (de Moçambique); Malamba é a palavra
(Fim do tema)
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